quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: quinto dia - 2
Sobe à tribuna o advogado Maurício de Oliveira Campos Jr, defensor de Vinícius Samarane, ex-diretor do Banco Rural acusado de participar na liberação dos falsos empréstimos a Valério.
Campos Júnior diz que o Banco Rural continua atuando e que não houve "prejuízo" a ninguém. "São rotinas bancárias submetidas a censuras graves de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro (...)", diz o advogado, que defende o ex-diretor financeiro do Banco Rural.

O excesso da acusação parece evidente. Arrasta-se para esse processo pessoas que não se encontram no tempo do que ocorreu. As rotinas bancárias eram, segundo o Banco Central, praticadas por todas as instituições financeiras do país naquele tempo.

Advogado diz que Vinicius Samarane não votou a favor da liberação e da renovação dos empréstimos ao PT e a Marcos Valério e que, na época em que foram repassados os valores, ele não era responsável pela tarefa no Banco Rural. Novamente, a defesa dos réus alega que os empréstimos não foram fictícios.

Não há um só saque que foi feito de alto valor que não foi comunicado pelo Banco Rural (ao Coaf e ao Banco Central). Todos foram comunicados".

O ministro Toffoli faz a primeira pergunta durante o julgamento do mensalão a um defensor dos réus no STF. Ele questionou a Campos Júnior se alguma vez o Banco Rural recorreu de alguma ajuda. O advogado respondeu que sim, houve uma negociação de parte dos créditos e o advogado disse que iria repassar as informações aos ministros.

É chamado à tribuna o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado da ex-diretora do Banco Rural Ayanna Tenório
Mariz de Oliveira questiona o motivo do MPF não citar Carlos Godinho dentre os réus do caso. Godinho é testemunha e foi funcionário do Banco Rural. Em depoimento, ele revelou detalhes sobre como os diretores lavaram dinheiro e realizaram os empréstimos às agências de Valério. Outros advogados também haviam questionado o depoimento de Godinho como base para as acusações
A defesa lê trechos de depoimentos do processo, afirmando que a diretora não atuava na parte de negócios, mas da administração e logística do Banco Rural. "Ela não era ligada ao mundo das finanças", afirma o advogado. Ayanna é acusada pelo MPF de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Mariz de Oliveira diz que não trabalhou para fazer contraprovas na defesa de Ayanna Tenório porque a acusação não apresentou nenhuma prova do envolvimento dela no caso. "Nenhuma conduta é imputada a Ayanna, nenhum fato", afirma ele.

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