Sobe à tribuna o advogado Maurício de Oliveira Campos Jr, defensor
de Vinícius Samarane, ex-diretor do Banco Rural acusado de participar na
liberação dos falsos empréstimos a Valério.
Campos Júnior diz que o
Banco Rural continua atuando e que não houve "prejuízo" a ninguém.
"São rotinas bancárias submetidas a censuras graves de gestão fraudulenta,
lavagem de dinheiro (...)", diz o advogado, que defende o ex-diretor
financeiro do Banco Rural.
O excesso da
acusação parece evidente. Arrasta-se para esse processo pessoas que não se
encontram no tempo do que ocorreu. As rotinas bancárias eram, segundo o Banco
Central, praticadas por todas as instituições financeiras do país naquele
tempo.
Advogado diz que Vinicius
Samarane não votou a favor da liberação e da renovação dos empréstimos ao PT e
a Marcos Valério e que, na época em que foram repassados os valores, ele não
era responsável pela tarefa no Banco Rural. Novamente, a defesa dos réus alega
que os empréstimos não foram fictícios.
Não há um só
saque que foi feito de alto valor que não foi comunicado pelo Banco Rural (ao
Coaf e ao Banco Central). Todos foram comunicados".
O ministro Toffoli faz a
primeira pergunta durante o julgamento do mensalão a um defensor dos réus no
STF. Ele questionou a Campos Júnior se alguma vez o Banco Rural recorreu de
alguma ajuda. O advogado respondeu que sim, houve uma negociação de parte dos créditos
e o advogado disse que iria repassar as informações aos ministros.
É chamado à tribuna
o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado da ex-diretora do Banco
Rural Ayanna Tenório
Mariz de Oliveira
questiona o motivo do MPF não citar Carlos Godinho dentre os réus do caso.
Godinho é testemunha e foi funcionário do Banco Rural. Em depoimento, ele
revelou detalhes sobre como os diretores lavaram dinheiro e realizaram os
empréstimos às agências de Valério. Outros advogados também haviam questionado
o depoimento de Godinho como base para as acusações
A defesa lê trechos de
depoimentos do processo, afirmando que a diretora não atuava na parte de
negócios, mas da administração e logística do Banco Rural. "Ela não era
ligada ao mundo das finanças", afirma o advogado. Ayanna é acusada pelo
MPF de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Mariz de Oliveira diz que
não trabalhou para fazer contraprovas na defesa de Ayanna Tenório porque a
acusação não apresentou nenhuma prova do envolvimento dela no caso.
"Nenhuma conduta é imputada a Ayanna, nenhum fato", afirma ele.
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