Chega a duas horas o tempo de
leitura da acusação dos réus na ação penal do mensalão. Roberto Gurgel,
procurador-geral da República, terá cinco horas para mostrar dados do processo
sobre os 38 acusados no caso.
Os parlamentares articularam a tese conjunta de
que não houve pagamento para votar projetos do governo, e que isso não passou
de um acordo político e que o dinheiro foi aplicado em atividades
político-partidárias. (...) O simples fato de se manipular altas
quantias de dinheiro em espécie já constitui claro
indicativo da prática de condutas ilícitas.
Acusação
contra integrantes do Banco Rural
Gurgel diz que a presidente do banco na época, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane sabiam da atividade ilícita do dinheiro. Foram eles que fizeram empréstimos fictícios às agências de Valério e asseguraram a distribuição do dinheiro aos parlamentares.
Gurgel diz que a presidente do banco na época, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane sabiam da atividade ilícita do dinheiro. Foram eles que fizeram empréstimos fictícios às agências de Valério e asseguraram a distribuição do dinheiro aos parlamentares.
Empréstimos fictícios
O Banco Rural repassou, através de empréstimos fictícios, R$ 32 milhões para o mensalão, diz Gurgel. O objetivo, ao aceitar a parceria com Valério, era fechar com o governo federal a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco, que ultrapassaria a casa do "bilhão de reais". "Foi uma contribuição no mínimo modesta diante do objetivo final que eles buscavam", afirma o procurador.
O Banco Rural repassou, através de empréstimos fictícios, R$ 32 milhões para o mensalão, diz Gurgel. O objetivo, ao aceitar a parceria com Valério, era fechar com o governo federal a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco, que ultrapassaria a casa do "bilhão de reais". "Foi uma contribuição no mínimo modesta diante do objetivo final que eles buscavam", afirma o procurador.
Defesa
do Banco Rural disse que o banco tinha recibos dos repasses de dinheiro feitos,
mas, segundo o procurador-geral, não informaram ao Coaf e às autoridades os
fatos suspeitos, impedindo uma investigação sobre o caso
Acusação contra Simone Vasconcelos
e Geiza Dias
Gurgel
diz que as funcionárias das agências de Valério realizavam saques e as entregas
do dinheiro ilícito aos parlamentares. Eram elas também que repassavam ao Banco
Rural o nome das pessoas que deveriam ser beneficiadas por repasses "que
alimentavam o esquema ilícito de compra de votos"
Grandes quantias de dinheiro
A acusação relata que R$ 73 milhões foram desviados do Banco do Brasil. Diz que, como os saques eram grandes, mais de R$ 100 mil ou R$ 200 mil por vez, policiais eram contratados para isso. Até carros-fortes foram usados para transportar as quantias que eram repassadas a parlamentares, afirma Gurgel
A acusação relata que R$ 73 milhões foram desviados do Banco do Brasil. Diz que, como os saques eram grandes, mais de R$ 100 mil ou R$ 200 mil por vez, policiais eram contratados para isso. Até carros-fortes foram usados para transportar as quantias que eram repassadas a parlamentares, afirma Gurgel
Carro-forte ajudava no esquema
Procurador-geral
volta a falar que, em certa ocasião, as funcionárias de Valério tiveram que
alugar um carro-forte para transportar o dinheiro do mensalão. "As
agências de Valério, só nesta oportunidade, tinham R$ 650 mil em espécie, que
foram transportados pelo carro-forte. Algo que poucas agências têm em espécie
nos dias de hoje"
Acusação contra sócios de Valério
O procurador-geral diz que Cristiano Paz e Ranom Hollerbach, sócios de Valério em três empresas de publicidade em Minas Gerais, tinham conhecimento das transações envolvendo as agências e os saques para pagamento dos parlamentares
O procurador-geral diz que Cristiano Paz e Ranom Hollerbach, sócios de Valério em três empresas de publicidade em Minas Gerais, tinham conhecimento das transações envolvendo as agências e os saques para pagamento dos parlamentares
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