Eles dirão se absolvem ou
condenam réus por crimes na Câmara e no BB.
Primeira a votar será a ministra Rosa Weber, mais nova integrante da Corte.
Concluída a leitura dos primeiros votos do relator e do revisor
do processo do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) abre nesta
segunda-feira (27) a rodada inicial de manifestações dos outros nove ministros
da corte.
Mais
nova integrante do tribunal, a ministra Rosa Maria Weber será a próxima a dizer
se absolve ou condena os réus ligados aos núcleos da Câmara dos Deputados e do
Banco do Brasil – item 3 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Rosa Weber ingressou na Suprema Corte em dezembro de 2011,
indicada pela presidente Dilma Rousseff. Não há limite de tempo para a
magistrada se manifestar. No entanto, há a expectativa de que ela encerre seu
voto ainda nesta segunda.
Em sua manifestação sobre o item 3, o ministro-relator,
Joaquim Barbosa, votou pela condenação de cinco réus, dos núcleos do Banco do
Brasil e da Câmara dos Deputados:
o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, o empresário Marcos Valério
Fernandes de Souza, os publicitários Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, e o
deputado federal e candidato do PT à prefeitura de Osasco (SP), João Paulo
Cunha. Barbosa também pediu a absolvição do ex-ministro Luiz Gushiken por falta
de provas. Em ambos os casos - condenações e absolvição - a posição do ministro
coincidiu com a do Ministério Público.
Revisor da ação penal, o ministro Ricardo Lewandowski acompanhou o
entendimento do relator em torno dos supostos crimes cometidos no
banco estatal, porém, abriu uma divergência ao votar pela
absolvição de João Paulo, Marcos Valério e seus dois sócios, pelos alegados desvios na Câmara.
Se Rosa Weber concluir sua manifestação nesta sessão, o
próximo ministro a apresentar voto será Luiz Fux. Os votos no plenário do STF
seguem a ordem inversa de antiguidade no tribunal.
Há, contudo, a possibilidade de o ministro Cézar Peluso,
sétimo na ordem de votação, solicitar para antecipar seu voto à manifestação
dos colegas. O magistrado se aposentará compulsoriamente no dia 3 de setembro,
quando completa 70 anos, idade-limite para os ministros do Supremo.
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