STF quer acelerar
sentença em caso de condenação
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) discutem garantir o
rápido cumprimento da sentença do processo do mensalão, caso haja eventuais
condenações dos réus. Para isso, a principal providência será acelerar a
publicação do acórdão, a íntegra da decisão do colegiado. A publicação do
acórdão é necessária para que as penas que forem impostas sejam cumpridas. O
receio é de que o Supremo condene, mas efetivamente não puna os envolvidos no
escândalo. Pelo regimento interno do STF, exceto em casos justificados, a Corte
tem 60 dias para publicar o acórdão no Diário de Justiça do dia em que o
resultado for anunciado.
Réus poderão recorrer a
Corte Internacional
As defesas de José Dirceu, Delúbio Soares, Marcos Valério e de outros
réus do mensalão já estudam apresentar reclamação à Corte Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH), caso eles sejam condenados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). Os advogados irão alegar que os clientes não tiveram asseguradas
as garantias básicas no processo e no julgamento. O principal argumento será
tirado do Pacto de São José da Costa Rica, que estabelece garantias, como o
direito de o réu recorrer a instância superior da Justiça caso condenado. Uma
eventual denúncia à CIDH não pode mudar o resultado do julgamento, mas
constrangerá o país e o Supremo.
Maioria quer
punição dos réus
Pesquisa Datafolha aponta que 73% da população defende a condenação dos
38 acusados de participar do escândalo do mensalão. Porém, somente 11% acredita
que eles serão presos ao fim do julgamento no STF (Supremo Tribunal). Os
números se invertem em relação à hipótese de absolvição dos réus. Apenas 5%
torcem para que eles sejam inocentados, mas 43% estão convictos de que este
será o resultado do julgamento. O Datafolha entrevistou 2.562 pessoas na última
quinta (9). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
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