Julgamento:
sétimo dia – 1
Ao abrir a sétima sessão
de julgamento do mensalão, o presidente do STF, ministro Ayres Britto diz que recebeu ofício do
ministro Marco Aurélio comunicando da impossibilidade de comparacer nessa
sessão, pois havia assumido anteriormente compromisso acadêmico
É chamado à tribuna o
advogado Guilherme Alfredo de Moraes Nostre, defensor de Breno Fischberg, da
corretora Bônus-Banval, acusado de lavar o dinheiro do mensalão.
O advogado começa
afirmando que Breno Fischberg é muito mais vítima do que outra coisa.
Há sete anos que ele tenta provar que não tem
nenhuma relação com os fatos. Teve sua vida profissional aniquiliada, a vida
pessoal comprometida, o rosto estampado em todos os jornais como um mensaleiro,
um homem envolvido no maior escândalo de corrupção do país. E tenta provar que
foi colocado nessa ação penal por uma lamentável soma de equívocos. Não
há nos autos nada que se pode deduzir a não ser a inocência de Breno Fischberg.
O advogado diz que o
empresário não sabia que os recursos seriam repassados do PT para o PP. Recorda
depoimento de Marcos Valério dizendo que não conhecia Breno Fischberg e que ele
nunca atuou como interlocutor na corretora Bônus Banval. "Prova idônea é
aquela obtida no fogo cruzado do contraditório", afirma Moraes Nostre.
O advogado lê trecho de voto do ministro
Celso de Mello dizendo que "em matéria de responsabilidade penal, o
Judiciário não pode por presunção reconhecer a culpa do réu ou mera
suspeita". Moraes Nostre diz que Breno Fischberg é réu apenas por ser
sócio da Bônus Banval e não pode responder por crimes praticados por seus
funcionários.
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