IBOPE:
Serra e Russomano empatados
Os candidatos José Serra (PSDB) e Celso
Russomano (PRB) aparecem empatados na disputa pela Prefeitura de São
Paulo, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira. No entanto, na
simulação de segundo turno entre os dois, o candidato do PRB venceria o tucano
por 42% a 35%, bem no limite da margem de erro, que é de três pontos para mais
ou para menos. Serra e Russomanno, no primeiro turno, têm 26% das intenções de
voto cada.
Em terceiro lugar, está Fernando
Haddad (PT), com 9%. Em seguida, três candidatos estão empatados em quarto
lugar, com 5% das intenções de voto: Soninha (PPS), Gabriel Chalita (PMDB)
e Paulinho da Força (PDT). Brancos e nulos somaram 12% e os
indecisos, 10%.
O Ibope questionou os eleitores sobre o candidato
em quem eles não votariam. Serra tem a maior rejeição, com 37%, seguido Levy
Fidelix (PRTB), com 16%. Em terceiro lugar, estão empatados Paulinho da Força,
Haddad e Soninha, pontuando 14%. Celso Russumanno (PRB) aparece com 11% de
rejeição, enquanto Gabriel Chalita (PMDB) e Miguel (PPL) têm 9%. Ana Luíza
(PSTU), Anaí Caproni e Carlos Gianazzi são rejeitados por 7% do eleitorado.
Apenas 3% dos eleitores afirmam que votariam em
qualquer um dos candidatos e 18% não sabem ou não responderam.
O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 13 e 15
de agosto.
Tramoia no concurso
O Senado realizou em março um
concorrido concurso público para preencher 246 vagas distribuídas entre os
cargos de consultor legislativo, analista legislativo e técnico legislativo. A
oferta salarial, de cerca de 23 800 reais, atraiu o interesse de milhares dos chamados
“concurseiros profissionais” país afora.
As provas foram feitas em março e tudo teria
corrido dentro do roteiro, não fosse o fato de uma servidora do Senado,
integrante da comissão organizadora do concurso, ter decidido na última hora
também participar das provas.
Além de virar candidata, a servidora tinha o papel
de gestora do contrato do Senado com a Fundação Getúlio Vargas, a entidade
contratada para realizar a prova.
Como não poderia ser diferente, a servidora acabou
expulsa da comissão e desclassificada do concurso. Ela ainda respondeu a processo
disciplinar sendo penalizada com uma advertência. Contrariada, a servidora
entrou com uma ação na Justiça para apagar a penalidade dos seus registros
profissionais. Durante o processo, o que se descobriu? Outro servidor da
comissão do concurso também tinha interesses diretos nas provas: ele não havia
se candidatado, mas sua filha, sim.
No caso deste último servidor, ele também foi
afastado da comissão (só depois dos trabalhos realizados pelo grupo), mas o
destino da filha no concurso (se foi aprovada ou não) ainda hoje permanece como
um desses mistérios da caixa-preta do Senado. A lista dos candidatos
classificados, aliás, foi divulgada há quinze dias, mas o nome da filha do
servidor é mantido em segredo. (Radar/Veja - Lauro Jardim)
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