A força
do nosso voto
Quando li
os jornais de hoje, todos falando no começo da corrida dos candidatos em busca
dos nossos votos, lembrei do ex-governador Alceu Collares que sempre repetia,
principalmente numa roda de amigos quando decidia declamar seus poemas, um
verso que dizia: “O voto é tua única arma, leva teu voto na mão”.
Pensando
bem, uma grande verdade está contida nos versos que Collares repetia. O voto é
uma arma poderosa que todos nós temos e, muitas vezes, não sabemos usar. São
poucos, por exemplo, os que lembram em quem votaram para vereador nas últimas
eleições. E assim é com deputados estaduais ou federais. Nas eleições majoritárias,
como prefeito, governador, presidente, é mais fácil a gente lembrar. É que, nas
eleições proporcionais, normalmente o eleitor acaba votando em alguém que, nem
sempre, representa aquilo que se espera ou que se reflita no futuro do município,
por exemplo. Vota a pedido de um amigo, num nome conhecido, num parente, etc.
Em
outubro, teremos a oportunidade de votar em quem queremos que seja prefeito de
Porto Alegre e quem nos represente na Câmara de Vereadores. Não é uma escolha fácil
e muito menos simples.
Claro que
surgirão as mais diversas propostas e promessas. Todas oferecendo o que há de
melhor para o futuro de Porto Alegre. Só que as promessas, lamentavelmente,
repetem o processo consagrado há muitos e muitos anos, ou seja, tudo é válido
no discurso, mas nem sempre o que se promete se cumpre.
A partir
de hoje, é minha sugestão, vamos começar a pensar e, principalmente, analisar o
que cada candidato oferece. A ilusão criada pela fala entusiasmada pode se
refletir no desencanto de um voto mal dado. São centenas de candidatos a
vereador, quase todos realmente preocupados com os interesses do eleitor e do
cidadão. Assim como são vários os candidatos a prefeito, também com a vontade,
na maioria, de dar o melhor para Porto Alegre.
Nosso
voto vai decidir sobre quem queremos, que projeto é o melhor, quem realmente
merece a nossa confiança, ou melhor, nosso voto. Depois que colocarmos o voto
na urna, não adianta mais arrependimento.
Então, é
bom lembrar dos versos do Collares na hora de apertar os números da urna eletrônica:
“o voto é tua única arma, leva teu voto na mão”, ou seja, não podemos abrir mão,
nunca, da força do nosso voto.
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