quinta-feira, 7 de junho de 2012

                 
Ações na justiça contra aumentos
Entidades de servidores estaduais e partidos de oposição, estudam ações judiciais contra os aumentos aprovados na última terça feira (5) na Assembleia legislativa. Os aumentos, que fazem parte do pacote de medidas encaminhadas pelo governador Tarso Genro (PT), alteram a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores civis e militares, de 11% para 13,5% e aumentam algumas taxas cobradas pelo DETRAN.



Previdência
A União Gaúcha em Defesa da Previdência Pública já anunciou que entrará com ação contra o aumento e espera, segundo o vice-presidente Celso Malhani, impedir que a nova geração de servidores pague a conta por anos de “imprevidência”. Malhani disse que “o déficit é resultado de 70 anos de negligência do Estado que optou por não escolher, lá atrás, qualquer tipo de contribuição de seus servidores”.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Tributária do Estado (Sindifisco), Luiz Antonio Bins, a intenção é questionar a constitucionalidade da lei “por não haver cálculo atuarial que justifique o aumento”.
O ajuizamento da ação deverá ocorrer somente depois que a lei for sancionada pelo governador.



Taxas do DETRAN
Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o projeto de lei que aumenta taxas do DETRAN, é o que está propondo o PSDB. O deputado Luc as Redecker, líder da bancada, disse que “o governo pode aumentar o valor da taxa de um serviço quando ele se torna mais caro, não simplesmente para fins arrecadatórios”. O tucano criticou a justificativa do Piratini, apresentada pelo líder Valdeci Oliveira (PT) que seria necessário aumentar o superávit do DETRAN para investir na modernização do órgão.
O PSDB pretende, na ação, questionar a progressividade do aumento das taxas, já que foi aprovada emenda que isenta veículos com mais de 15 anos de uso.
Além da bancada do PSDB, os deputados Edson Brum, Giovani Feltes e Marcio Biolchi, do PMDB, classificaram o projeto como “arrecadatorio”.
Brum – “São R$ 152 milhões  que sairão do bolso do cidadão sem  necessidade”.
Feltes – “Taxas são estabelecidas em razão da utilização efetiva de serviços públicos. Não para dar lucro”.
Biolchi – “Os 140% de aumento da taxa de expedição de CRV tem fragilidade jurídica”.
Para Paulo Odone (PPS), “o governo vai cobrar taxas exorbitantes alegando que precisa de recursos para as operações do DETRAN. Isso é imposto, não é um aumento de taxas”.
A assessoria do Piratini diz que a sanção do projeto deve ocorrer em no máximo 15 dias.

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