Senadores e deputados da oposição pretendem apresentar na reunião
da CPMI, amanhã (15), pedido para que o Tribunal de Justiça do DF, compartilhe
as quebras de sigilo fiscal e bancário do bicheiro Carlos Cachoeira e da Delta Construções.
Como se sabe o TJDF, atendendo pedido do Ministério Público,
determinou a quebra dos sigilos, no final de semana. Hoje, representantes do
PSDB, DEM e PSOL, deve se reunir para “afinar o discurso e a linha de ação nos
trabalhos da Comissão”, afirmou o senador Roberto Dias (PSDB)
Silêncio
Marcio Thomaz Bastos, advogado de Carlinhos Cachoeira, disse
que seu cliente invocará o direito constitucional de permanecer em silêncio,
durante o depoimento marcado para amanhã. Na sexta feira (11), Bastos impetrou
pedido de habeas corpus para que pó presidente da CPMI, Vital Rego (PMDB-PB),
suspenda a oitiva do bicheiro até o julgamento do mérito da solicitação.
Para o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), o pedido de
quebra de sigilos bancários e fiscais dos acusados, “é positivo, pois tudo o
que for feito para os esclarecimentos dos fatos é elogiável”.
Troca de comando não livra Delta
Troca de comando não livra Delta
Para o ministro chefe da Controladoria Geral
da União (CGU), Jorge Hage, a troca de comando da construtora Delta não impede
que a empresa seja declarada inidônea e, consequentemente, ser banida de
futuros contratos com o governo federal. “A troca de controle da Delta, do
ponto de vista da CGU, não muda nada. A declaração de idoneidade é da pessoa
jurídica, não é do diretor A, do presidente B. A mudança das pessoas não muda
nada”, declarou Hage.
A Delta, como se sabe,
passará a ser controlada pela Hholding J & F e será presidida pelo
ex-presidente da usina de álcool e açúcar Renuka, Humberto Farias.
Caso seja considerada
inidônea, os atuais contratos da empreiteira com o governo serão avaliados caso
a caso para que se decida se podem ter seguimento ou não. A Delta, atualmente,
tem 27 contratos de obras públicas vigentes no valor total de R$ 2,7 bilhões.
Existem ainda 61 contratos com prazo expirado e não concluídos, no valor de R$
1,5 bilhão.
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