crescem 59% na pandemia
As denúncias
de violência contra idosos ao Disque 100 cresceram 59% entre os meses de março
e junho de 2020 - já em meio à pandemia do novo coronavírus - em comparação com
o mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Nesses quatro meses de 2019, foram
feitas 16.039 denúncias. E neste ano o número subiu para 25.533.
Os estados
que registraram mais denúncias de violência contra os idosos em 2020 foram São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nos quatro meses citados, foram 5.934,
3.743 e 3.595 denúncias nesses três estados, respectivamente, segundo o MMFDH.
O fato de vítimas e agressores muitas vezes estarem no mesmo local, devido ao
isolamento social, pode ser uma das explicações para esse aumento.
TCU vai fazer auditoria sobre assédio
sexual na administração pública federal
Fachada do Tribunal de Contas da União
O Tribunal
de Contas da União (TCU) determinou, de forma inédita, a realização de uma
auditoria operacional sobre assédio sexual no ambiente de trabalho na
administração pública federal. O objetivo é avaliar o desempenho do sistema de
prevenção e combate ao assédio sexual. A proposta partiu do ministro Bruno
Dantas, que citou dados de uma pesquisa realizada por LinkedIn e Think Eva. O
levantamento revelou que 47% das 381 mulheres ouvidas afirmam já ter sofrido
assédio sexual no trabalho.
Aprovada
pelo plenário do TCU, a proposta foi alvo de ponderações feitas pelo ministro
Benjamin Zymler. Segundo ele, com maior número de funcionários trabalhando de
forma remota na administração pública, "a possibilidade atual de assédio
sexual reduziu-se muito". Além disso, de acordo com o ministro, não há um
canal específico na administração para acolher eventuais denúncias de assédio
sexual, que seriam analisadas no âmbito de Processos Administrativos Disciplinares
(PADs). A Secretaria-Geral de Controle Externo (Segecex) do TCU vai elaborar um
plano de trabalho para definir o escopo e a matriz para a realização da
auditoria, quais órgãos serão alvo e como será o método de análise.
Médicos e professores assinam carta aberta
contra vacinação obrigatória da Covid-19
Integrantes dos grupos Médicos pela Liberdade e Docentes Pela Liberdade (DPL), membros do Movimento Legislação e Vida (MLV) e profissionais independentes assinam carta aberta contra a vacinação obrigatória da Covid-19. A primeira versão do documento conta com aproximadamente 130 signatários. Entre eles, a médica Nise Hitomi Yamaguchi e os professores Marcelo Hermes Lima, ex-presidente do DPL, e Hermes Rodrigues Nery, coordenador do MLV. A carta é endereçada aos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, e também ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.
O grupo reivindica que tomar ou não as vacinas que futuramente estiverem disponíveis contra a Covid-19 seja uma decisão individual de cada brasileiro. E isso “considerando que a vacina obrigatória fere o princípio da livre escolha individual, consciência do indivíduo e também o direito de objeção de consciência”. Os signatários pedem ainda que a segurança quanto à saúde dos brasileiros seja a prioridade “em detrimento aos interesses mercadológicos, ideológicos e políticos”. Além da carta, o grupo também organiza uma petição contra a obrigatoriedade da imunização.