Estimativa
de junho prevê safra recorde
de 247,4 milhões de toneladas
Produção se
mantém em patamar recorde
com 2,5% acima da safra de 2019
A produção
de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2020 foi estimada agora em junho em
247,4 milhões de toneladas. Com isso, se manteve em patamar recorde com 2,5%
acima da safra de 2019, o que representa mais 6 milhões de toneladas.
O resultado
é também 0,6% maior que a estimativa de maio em mais 1,5 milhão de toneladas.
Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola,
referente a junho, divulgado hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.
A área a ser
colhida é 2,2% acima da registrada em 2019, que, com o acréscimo de mais 1,4
milhão de hectares, atingirá 64,6 milhões de hectares. Os três principais
produtos deste grupo são o arroz, milho e a soja. Somados, representaram 92,3%
da estimativa da produção e responderam por 87,2% da colheita.
Conforme o
levantamento, em relação a 2019, houve alta de 1,7% na área do milho, com os
aumentos de 4,7% na primeira safra e de 0,6% no milho de segunda safra; de 2,9%
na área da soja e quedas de 2,0% na área do arroz e de 0,1% na do algodão
herbáceo.
Alta em
relação a 2019
Na
comparação com o ano passado, há previsão de mais 119,9 milhões de toneladas na
soja, o que significa elevação de 5,6%. No arroz, com o crescimento de 5,3%,
são mais 10,8 milhões de toneladas, e de 0,4% para o algodão herbáceo com mais
6,9 milhões de toneladas.
O IBGE
informou também que, com uma produção de 97,5 milhões de toneladas, sendo 26,7
milhões de toneladas de milho na primeira safra e 70,8 milhões de toneladas de
milho na segunda, espera-se recuo de 3% para o milho, após crescimento de 2,8%
na primeira safra e decréscimo de 5,1% na segunda.
A região
Centro-Oeste responde por 115,8 milhões de toneladas na distribuição da
produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. As demais regiões: Sul (73,6
milhões de toneladas), Sudeste (25,6 milhões) Nordeste (21,9 milhões) e o Norte
(10,5 milhões).
A pesquisa
indica, ainda, que há aumento em quase todas as regiões: Nordeste (14,3%),
Sudeste (7,8%), Norte (7,0%) e Centro-Oeste (3,8%). O único que apresentou
declínio foi o Sul do país (4,7%).
Estados
Na distribuição
da produção pelos estados, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de
grãos, com uma participação de 28,4%, seguido pelo Paraná (16,4%), Rio Grande
do Sul (10,7%), Goiás (10,1%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (6,1%),
que, somados, representam 79,6% do total nacional. Com relação à participação
das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (46,8%),
Sul (29,8%), Sudeste (10,3%), Nordeste (8,9%) e Norte (4,2%).
Junho e maio
Na relação
de junho a maio deste ano, os destaques são as variações nas estimativas de
produção do café arábica (4,8%), cana-de-açúcar (1,8%), mandioca (1,4%), trigo
(1,2%), sorgo (1,2%), aveia (1,0%), milho 2ª safra (0,9%), milho 1ª safra
(0,6%) e soja (0,5%).
Houve
redução na produção da batata 3ª safra (26,2%), feijão 1ª safra (3%),
cevada (2,4%), café canéfora (1,9%), batata 2ª safra (1,6%), feijão 2ª safra
(1%) e batata 1ª safra (0,5%).
Já em
números absolutos, as variações em destaque ficam por conta da cana-de-açúcar
(11,9 milhões de toneladas), milho 2ª safra (647,7 mil toneladas), soja
(547,3 mil toneladas), mandioca (266,6 mil toneladas), milho 1ª safra (160,8
mil toneladas), café arábica (121,7 mil toneladas), trigo (82,7 mil
toneladas), sorgo (31,7 mil toneladas), aveia (10,5 mil toneladas), batata 3ª
safra (-239,3 mil toneladas), feijão 1ª safra(-42,3 mil toneladas),
cevada (-10,5 toneladas), café canéfora (-16,6 toneladas), batata 2ª safra
(-17,6 mil toneladas), feijão 2ª safra (-11,0 mil toneladas) e batata 1ª safra (-8,8
mil toneladas).
Fonte:
Agência Brasil