sexta-feira, 25 de setembro de 2020

 



Perguntar não ofende: o STF vai zelar pela paz no campo? 

Alexandre Garcia 

Após sofrer críticas da mídia oposicionista, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi ao Senado nesta quinta-feira (24) para falar sobre a visita que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, fez à base da Operação Acolhida, que recebe refugiados venezuelanos, em Boa Vista (RR). 

Os senadores disseram que o “Brasil estava se oferecendo como plataforma eleitoral para Donald Trump”, mas não se trata disso. Eles inventaram uma narrativa e, com base nela, expandiram o assunto. É um velho truque. 

O ministro explicou aos senadores que democratas e republicanos americanos concordam que o ditador Nicolás Maduro precisa ser tirado do poder na Venezuela porque o povo venezuelano está sendo oprimido. A própria ONU disse isso no relatório de direitos humanos, que está havendo crimes contra a humanidade no país. Cerca de 60 países do mundo não reconhecem o governo de Maduro.  

Crivella sofre punição severa

Em 2018, o filho do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, foi pré-candidato a deputado federal. Na ocasião houve uma reunião na quadra da companhia de limpeza urbana do Rio de Janeiro em que Crivella pediu voto para ele e agradeceu o apoio. 

Dado isso, o Psol entrou na Justiça Eleitoral alegando abuso de poder político. Nesta quinta-feira (24), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro aceitou a alegação e determinou, por unanimidade, que Crivella fique inelegível por seis anos. 

Mas ele já estava encaminhando a sua reeleição, posto que é um dos candidatos favoritos. Resta ao prefeito, agora, recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. 

Fico pensando: como a Justiça quer a confiança do povo e impor credibilidade com decisões como essa? Eu me lembro que durante o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff (PT), ela não se tornou inelegível, apesar de a lei ser clara com relação a isso. Agora, Crivella perde a oportunidade de disputar a reeleição. É uma punição muito severa. 

Retirada da Força Nacional de Segurança na Bahia

A violência agrária, no sul da Bahia, existe há anos. Toda hora há problemas sérios por lá envolvendo agropecuaristas, índios e o MST. Há pouco aconteceram alguns desentendimentos com o Ministério da Agricultura e o Incra em assentamentos da região.

O Ministério da Justiça, para manter a segurança do que era federal, mandou um pequeno contingente da Força Nacional para o local. Mas o governador Rui Costa (PT) não gostou porque ele não havia sido consultado.

 

O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal. O ministro Edson Fachin, monocraticamente, concedeu uma liminar que determinava a retirada do contingente da Força Nacional da região. Em seguida, o plenário do Supremo confirmou a decisão de Fachin. 

Com isso, a partir de agora o governador Rui Costa e o próprio Supremo passam a ser os responsáveis pela paz no sul da Bahia.


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