quarta-feira, 9 de setembro de 2020

 



Advogado de Lula é alvo de nova fase da Lava Jato 

Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula

A força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro deflagrou na manhã desta quarta-feira (9) uma operação para investigar o suposto desvio de R$ 151 milhões do Sistema S no estado e o mau uso de outros R$ 200 milhões. Dentre os alvos dos mandados de busca e apreensão, estão os advogados Roberto Teixeira, amigo do ex-presidente Lula, e Cristiano Zanin Martins, responsável pela defesa do petista nos processos da Lava Jato. Outros alvos são Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, e a advogada Ana Tereza Basilio, que defende o governador afastado do Rio Wilson Witzel.
 

Vários escritórios de advocacia investigados teriam sido usados no suposto esquema de desvio de recursos do Sistema S do Rio – que é composto pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio-RJ), Sesc e Senac.

O Ministério Público Federal (MPF) argumenta que, entre 2012 e 2018, o Sesc, o Senac e a Fecomércio do Rio teriam destinado mais da metade de orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia. Mas esses serviços não teriam sido prestados. 

O esquema, segundo a Lava Jato, seria liderado pelo empresário Orlando Diniz, que comandou o Sistema S no Rio. Ele firmou um acordo de delação premiada com a Lava Jato. 

Também são alvo da Lava Jato os escritórios da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo (mulher do ex-governador Sergio Cabral).

A operação desta quarta também atinge escritórios de advocacia de parentes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Dentre os investigados, estão os escritórios do ex-ministro do STJ César Asfor Rocha e de seu filho Caio Rocha; e dos advogados Eduardo Martins (filho do presidente do STJ, Humberto Martins) e Tiago Cedraz (filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz). 

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A operação, batizada de E$quema S, atinge ao todo 50 endereços no Rio, São Paulo e Brasília. 

Fonte: Gazeta do Povo


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