Geraldo Alckmin tem R$
11,3 milhões em bens bloqueados
Decisão atendeu pedido da
Polícia Federal.
Ex-governador de SP foi denunciado pelo Ministério
Público na
chamada Lava Jato eleitoral. Político do PSDB
é acusado de receber valor da
Odebrecht durante
as campanhas eleitorais de 2010 e 2014.
A Justiça Eleitoral de São
Paulo determinou na última sexta-feira (31) o sequestro de bens até o limite de
R$ 11,3 milhões sobre imóveis e valores constantes nas contas bancárias do
ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A informação foi divulgada
nesta quarta (5) pela Polícia Federal, responsável pelo pedido.
A decisão também atinge
Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento do
governo paulista, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor do tucano.
No caso de ambos, o bloqueio é de até R$ 9,3 milhões.
A decisão é do juiz Marco
Antonio Martin Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista.
"Verifico que os
elementos de informação acostados autos conduzem a conclusão de que o sequestro
dos bens móveis e imóveis dos representados se perfaz medida plausível e
necessária a impedir a dilapidação patrimonial e assegurar a eventual reparação
futura dos bens, bem como a efetividade de uma eventual e futura persecução
criminal, com fundamento no art. 4º da Lei nº 9.613/98, e nos arts. 125 e 132,
ambos do Código de Processo Penal", diz o documento.
Em nota, a defesa do
ex-governador afirma que Alckmin "é detentor de patrimônio modesto, não
sendo, portanto, verdade nem correto imaginar o bloqueio de bens em seu nome no
valor R$ 11,3 milhões. Ele não tem, como nunca teve, R$ 11,3 milhões."
O texto diz ainda que a
decisão demonstra a "falta de amparo das acusações contra ele apresentadas
e que têm servido apenas para a promoção de noticiário prejudicial à sua
reconhecida dignidade e honradez como homem público."
Codinomes
Segundo a denúncia,
Geraldo Alckmin apareceu com codinomes diferentes nas planilhas de propina da
Odebrecht. Na campanha de 2010, o nome do ex-governador vinha associado ao
codinome "Belém". Ainda segundo a denúncia, na eleição seguinte, em
2014, Alckmin foi identificado como "Meia" em uma tabela disfarçada,
que usava termos do futebol.
A acusação aponta que, em
2010, os pagamentos foram intermediados por Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado de
Alckmin. Adhemar só não foi denunciado porque, segundo os promotores, o prazo
para processá-lo pelos crimes já prescreveu por causa da idade dele.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário