Lava Jato lembra a Chicago
de
Eliot Ness e seus intocáveis
Por Alexandre Garcia
O leilão dos lotes de
diamantes e barras de ouro 24 quilates do ex-governador Sérgio Cabral, rendeu
R$ 4,6 milhões. O maior diamante foi leiloado por R$ 335 mil e o menor por R$
101 mil.
Os diamantes e o ouro
estavam em um cofre na Suíça. A Justiça brasileira foi ao país e conseguiu a
repatriação. O valor arrecadado é muito pouco comparado ao que foi desviado.
Cabral teria tido vantagem indevida de R$ 4 bilhões.
Crise na Lava Jato
A Lava Jato está na mira
do procurador-geral Augusto Aras, que disse em uma live com outros advogados
que é preciso resolver os “exageros do lavajatismo”. Eu acho que Aras tem
razão. Não pode haver exagero, é preciso ter um equilíbrio. Se houver excessos,
o réu pode ir ao STF reclamar, algum ministro pode afirmar que o processo ou
delação premiada não valem e a pessoa pode ser solta.
Eu fiquei assustado com a
declaração de Aras de que a Lava Jato tem fichas de 38 mil pessoas e que a PGR
não tinha conhecimento. Eles acham que viraram uma autarquia investigadora.
Parece os tempos de
Chicago do Eliot Ness e os seus intocáveis. Não podemos permitir excessos por
partes do Ministério Público e da Polícia Federal, mas é preciso continuar
combatendo a corrupção.
Situação precária nas
escolas
Muitas escolas privadas
estão mantendo os alunos em casa e passando conteúdo por meios digitais. Mas,
em geral, alunos do ensino fundamental público não dispõem de internet em casa
e ficam sem aula.
Até o ensino superior
público está parado. Das 65 universidades federais, somente seis estão tendo aula
remotamente. São 950 mil alunos sem aula, mas os professores estão recebendo.
Na quarta-feira (29), os
professores saíram para a rua, em São Paulo, em uma carreata, contestando o
anúncio do governo do estado de volta as aulas presenciais no dia 8 de setembro.
Eles afirmam que
grande parte das escolas não têm ventilação e instalações sanitárias adequadas.
Talvez a Covid-19 tenha vindo para mostrar isso. Está cheio de escola caindo
aos pedaços. Esse é o momento de rever essas condições.
Os Ministérios da Ciência
e Tecnologia, e das Comunicações têm falado muito em trazer conexão as escolas,
assim os alunos poderiam estudar em casa. Até o agronegócio brasileiro trabalha
usando meios digitais.
Marco Aurélio diz “não”
A Câmara pediu ao STF que
não permita busca e apreensão determinado por juízes de primeira instância
dentro da Casa legislativa e que seja invalidado o que foi encontrado nos
gabinetes dos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Rejane Dias
(PT-PI).
Uma das alegações é de que
o pedido foi feito por um juiz de primeira instância e eles têm foro
privilegiado. O ministro Marco Aurélio, relator do caso, disse não ao pedido
argumentando que as operações se referem a fatos ocorridos antes do mandato.
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