sexta-feira, 26 de junho de 2020




Bom caminho
O anúncio do fechamento dos hospitais de campanha do Pacaembu, em São Paulo, e de Manaus é indício de que, nas próximas semanas, as boas notícias em torno da pandemia do coronavírus poderão talvez brotar com mais frequência. Apesar do número de casos aumentar, o de mortes tende a se estabilizar, cenário que autoriza a flexibilização da quarentena no Brasil. A reabertura, porém, só será viável se for conduzida com extremo rigor. Isso significa que, mesmo com o bom sinal, não é hora de recuar nos protocolos de cuidados, como higiene e uso de máscara, e assim será até o desenvolvimento de uma vacina.

Ponto para o Remdesivir
A União Europeia deve aprovar em breve o uso do remdesivir no tratamento de pacientes com Covid-19. O parecer favorável à concessão de uma "autorização condicional de comercialização" do medicamento permite que ele seja usado em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos de idade que apresentem pneumonia e precisem de oxigênio. A liberação não é definitiva, mas permite que o fármaco seja comercializado nos 27 países do bloco por um período de um ano, antes da aprovação formal, que depende de estudos que comprovem a eficácia e mostrem os efeitos colaterais. Desta forma, o remdesivir será o primeiro remédio disponível no bloco europeu para combater a doença.

Risco menor às crianças
Um novo estudo mostrou que a Covid-19 tende a ser leve em crianças e que as mortes em decorrência da doença nessa faixa etária são muito raras. A pesquisa feita por uma universidade inglesa acompanhou 582 crianças e adolescentes infectados ao longo de 3,5 semanas e os resultados mostraram que 62% dos pacientes precisaram de internação, mas poucos utilizaram oxigênio ou outro suporte, e cerca de 8% foram para a UTI. Quatro pacientes morreram durante o período do estudo, dois dos quais tinham condições médicas pré-existentes, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 0,69%. Os números são bem menores quando comparados com estudos em adultos.

Movimento perigoso
A pandemia do novo coronavírus contribuiu para que os grupos antivacina voltassem a ganhar visibilidade. O movimento, que surgiu nos Estados Unidos no fim da década de 90, divulga ideias absurdas e mentirosas sobre imunizantes e afirma que a vacina contra a Covid-19 será puro veneno e que os laboratórios vão, na verdade, introduzir chips no corpo das pessoas. O grupo costuma publicar vídeos com informações falsas que viralizam rapidamente e ganham o apoio de milhares de pessoas. Ao contrário do que diz esse perigoso movimento, a vacina é a forma mais eficaz, senão a única, de frear o contágio de doenças infecciosas como o novo coronavírus.

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