quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Consumidor em Pauta -19.11.2019 - Direito do Trabalho - Dr. Paulo Dias e Dra. Mariana Lerina






Suprema Corte da Itália mantém
prisão perpétua de Cesare Battisti
A Suprema Corte de Cassação da Itália negou nesta terça-feira (19) a possibilidade de comutação de pena ao terrorista Cesare Battisti, que foi condenado à prisão perpétua e cuja defesa solicitava a alteração da pena para 30 anos de prisão. A Corte considerou "inadmissível" o recurso apresentado pela defesa de Battisti contra a ordem emitida em 17 de maio pela Corte de Apelação de Milão, que já negava a comutação da pena. Segundo o tribunal, as questões levantadas pelo recurso da defesa "questionavam a persistente eficácia do acordo de comutação de pena estipulado entre as autoridades italianas e brasileiras, em vista da extradição pelo Brasil, a qual, posteriormente, não ocorreu, diante da legitimidade do procedimento culminado com a expulsão do condenado pela Bolívia", relatou a agência Ansa.
Battisti foi condenado por quatro homicídios cometidos no final dos anos 1970. Ele viveu foragido na França, México e Brasil.



Presidente interina diz que convocará
eleições na Bolívia nesta quarta
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou nesta quarta-feira, 20, que convocará nas próximas horas eleições gerais, uma demanda de vários setores da sociedade após a anulação da votação de 20 de outubro e da renúncia de Evo Morales.

“Se Deus permitir, hoje vamos lançar a convocação para as eleições, como todo país está pedindo", disse Jeanine à imprensa, acrescentando que ainda não se definiu qual será o mecanismo legal - se por uma lei aprovada no Congresso ou por decreto presidencial.

A convocação de nova eleição é um compromisso que Jeanine assumiu ao ocupar a presidência do país há pouco mais de uma semana. Também é necessário que um novo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) seja formado, já que as autoridades que compunham o órgão foram detidas.

A prisão e investigação das autoridades do TSE ocorreu depois que uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou irregularidades nas eleições nas quais o ex-presidente de esquerda Evo Morales venceu o candidato centrista Carlos Mesa.

Jeanine disse que a convocação será acompanhada por organizações internacionais e outras instituições, como a Igreja Católica, que estão facilitando o diálogo entre as partes para agilizar a realização de eleições e definir o cronograma do processo.

"Estaremos mais apegados à Constituição", disse a presidente. O caminho ideal seria uma lei aprovada pelo Congresso bicameral, mas, se não houver consenso político sobre os mecanismos, o Poder Executivo recorrerá a um decreto assinado por Jeanine. 

Fonte: AFP



Pedido de vistas do PT quebra acordo
do Senado com Moro para agilizar votação
da prisão em 2.ª instância
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (20) a análise do Projeto de Lei 166/2018, que permite a prisão após a condenação em 2.ª instância judicial. Com isso, os senadores quebraram o acordo fechado na terça com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para votar o projeto na CCJ e no plenário do Senado ainda nesta quarta.

O adiamento da votação na CCJ foi motivado por um pedido de vista coletivo da bancada do PT. O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou um requerimento para que seja realizada uma audiência pública para debater o projeto. A maioria dos partidos concordou com a realização da audiência, que foi marcada para o dia 26. Com isso, a proposta da prisão em 2.ª instância deve voltar para a pauta da CCJ no dia 27.

Humberto Costa pediu participação na audiência, do ministro Sergio Moro, do jurista Ives Gandra Martins e do defensor-público Rodrigo Baptista Pacheco. O senador Alvaro Dias (Pode-PR) requisitou a presença do desembargador Vladimir Passos de Freitas. Já Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) pediu que seja convidado um representante da OAB para participar da audiência. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Herman Benjamin também deve ser convidado.



Decreto altera regra sobre homologação
de bandeiras tarifárias de energia
O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (20) publicou um decreto que retira a periodicidade anual da homologação das bandeiras tarifárias feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso quer dizer que, a partir de agora, não há mais um prazo definido para a aprovação da agência.
De acordo com o decreto, a homologação acontecerá de acordo com “a previsão das variações relativas aos custos de geração por fonte termelétrica e a exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional".
O Sistema de Bandeiras Tarifárias foi implantado em 2015 para indicar o valor real do custo da geração de energia no país. Pelo sistema de cores, é informado se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser cobrado na conta de luz do consumidor final. A cor verde indica que não haverá cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, as condições são menos favoráveis e a taxa extra é de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois patamares cobrados: R$ 4,00 a cada 100 kWh ou R$ 6,00 a cada 100 kWh.




Procuradoria descobre desembargadora
com 57 contas bancárias
A desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal, 2.ª vice-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), tem 57 contas bancárias. A informação consta do Relatório de Análise Preliminar de Movimentação Bancária que faz parte da Operação Faroeste, deflagrada na terça (19) pela Polícia Federal. A investigação revela que a magistrada teria movimentado valores incompatíveis com os vencimentos recebidos no tribunal. Além de Maria da Graça, três desembargadores e dois juízes foram afastados com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As investigações apuram venda de sentenças judiciais em processos de grilagem de terras na região oeste da Bahia.



Aposentadoria compulsória e vencimentos
integrais. É punição ou prêmio?

Na terça-feira (19), Dia da Bandeira, a primeira capital do país amanheceu com uma operação da Polícia Federal chamada Faroeste. O nome refere-se ao oeste da Bahia, onde grilaram 360 mil hectares de terra, segundo o inquérito.

A polícia executava prisões e mandados de busca e apreensão enquanto um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastava o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia e mais três desembargadores e dois juízes. Foram 40 mandados de busca e apreensão contra advogados e ruralistas. Houve bloqueio de R$ 581 milhões que os citados movimentaram. Uma vergonha.

Se comprovada a culpa desses magistrados, eles serão punidos com aposentadoria compulsória e vencimentos integrais. Isso não é punição: é prêmio. Está na hora de um muda Brasil nesta Constituição que permite tudo isso.

Enquanto isso...
Um juiz da 12º Vara Federal do Paraná não concedeu liberdade a Renato Duque, aquele diretor da Petrobras que estava no cargo em nome de José Dirceu, e que tem sete condenações que totalizam 124 anos. Mas não é por isso que ele não ganhou liberdade.

Renato Duque não foi solto porque nenhuma dessas condenações passou pela segunda instância. Duque não ganhou liberdade porque não foi revogada a prisão preventiva. Só por isso.

Imaginem só a bagunça jurídica em que o Supremo meteu o poder Judiciário com aquela decisão de tornar inconstitucional a prisão em segunda instância, por seis a cinco na outra semana. E agora o que vai acontecer?

Novo partido
Nesta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro lança o seu partido Aliança pelo Brasil. Com isso, o Luciano Bivar volta a ser o dono do PSL. Aqui no Brasil tem essa tradição de donos de partido.

O Brizola era o dono do PDT, o PT tem por dono o Lula, o MDB tem vários donos regionais. Os partidos políticos no Brasil, no geral, são rótulos, agremiações apenas. São clubes. Não são lugares em que a doutrina é diferente da outra. Todos têm a mesma doutrina pela justiça social. Aquela coisa...

Nova CPI do Óleo na Praia
Vamos ter agora uma nova CPI na Câmara dos Deputados, a do Óleo na Praia. A Comissão tem 268 assinaturas, não teve como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não aprovar a criação dessa Comissão Parlamentar de Inquérito.

O jornalista Cláudio Humberto chegou a imaginar que haverá muitas visitas e inspeções às praias do nordeste por parte dos membros da CPI. Quem colheu as assinaturas e é o virtual criador da Comissão é o jovem deputado João Henrique Campos (PSB-PE), filho de Eduardo Campos - candidato falecido à Presidência da República em 2014 – e bisneto de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco.

João Campos se deixou fotografar por sua equipe de marqueteiros com tênis impecável, em uma praia que já havia sido limpa, com apenas uma luva na mão direita como se estivesse examinando o óleo da praia. Tudo muito bonito e emocionante...

Toffoli volta atrás
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, voltou atrás na história decisão de requisitar três anos de relatórios financeiros de 600 mil pessoas físicas e jurídicas. Ele deve ter desconfiado que ele não estava cometendo um ato, digamos, muito legal.

Toffoli chamou o presidente do Banco Central, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União para comunicar isso.

Por fim, um registro...
Cláudio Humberto, da Band, conversou com Delfim Neto, o homem do milagre brasileiro. Roberto Campos disse que Dilfim é o economista de maior intuição política. Delfim Neto garantiu - com os números que ele tem - que o Brasil nesse momento está crescendo 1,5% e que no ano que vem vai crescer bem mais do que isso.

Alexandre Garcia



Nova PEC da 2ª instância dribla cláusula pétrea
 e abre caminho para aprovação na CCJ
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados deve votar na manhã desta quarta-feira (20) a PEC da 2ª instância, a proposta de emenda à Constituição que autoriza a prisão de réus após a condenação em dois graus da Justiça.
O texto que será analisado pelos deputados será diferente do inicialmente apresentado pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP), que havia recebido críticas por supostamente violar uma cláusula pétrea da Constituição.
A nova PEC da 2ª instância altera os artigos 102 e 105 da carta magna, que tratam, respectivamente, das atribuições do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pela proposta, os recursos extraordinário e especial, que são apreciados pelas cortes superiores, são transformados em ações revisionais. Com a mudança, os condenados em segunda instância já podem passar a cumprir pena de prisão, visto que o trânsito em julgado já estaria esgotado.

Senado fecha acordo com Moro e
vota prisão em segunda instância
O Senado vota nesta quarta-feira (20) um projeto de lei que permite a condenação após prisão em segunda instância e altera três artigos do Código de Processo Penal. Pelo texto, o tribunal de segunda instância deixará de executar a prisão, "excepcionalmente", em casos que haja possibilidade de revisão por Tribunal Superior ou tenha questão constitucional.
A questão foi definida após um acordo entre um grupo de senadores e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autor do pacote anticrime. A proposta, do senador Lasier Martins (Podemos) apresentada em 2018, será votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. Na Câmara, a PEC da prisão em segunda instância será votada na CCJ nesta quarta.

DPVAT e cadeirinha
Deputados de diferentes partidos na Câmara articulam a derrubada da medida provisória editada pelo governo Bolsonaro que acaba com o seguro obrigatório para veículos, o DPVAT. Também pretendem rejeitar proposta que acaba com a multa para motorista que levar criança no carro sem cadeirinha.


Governo inclui leilão do 5G e “TV do Lula”
em nova lista de concessões e privatização
O governo incluiu nesta terça-feira (19) mais 18 ativos para concessão à iniciativa privada ou para uma possível privatização. A lista conta com duas estatais: a Nuclep, indústria de equipamentos pesados, ligada ao Ministério de Minas e Energia, e a EBC, o conglomerado federal de mídia, criado durante o segundo governo Lula e ligado atualmente à Secretaria de Governo.
No caso da EBC, a estatal foi incluída para estudo. Ou seja, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que cuida das privatizações e concessões, vai estudar a situação da empresa e recomendar ao presidente Jair Bolsonaro o que fazer com a estatal. Segundo Martha Seillier, secretaria especial do PPI, todas as possibilidades estão na mesa: venda, fechamento, fusão, desmembramento e parceria com a iniciativa privada.
A EBC foi incluída na carteira do PPI para estudo, mas ainda não está no Programa Nacional de Desestatização (PND). Em geral, a inclusão no PPI é um primeiro passo e, caso os estudem apontem para a privatização, a empresa vai para o PND e já pode seguir os trâmites para ser vendida ou fechada. Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Bolsonaro defendeu o fechamento da empresa, chamada por ele de "TV do Lula".

Mega-Sena pode pagar R$ 14,2 milhões nesta quarta
O concurso 2.209 pode pagar um prêmio de R$ 14,2 milhões para quem acertar as seis dezenas. O sorteio ocorre nesta quarta (20) em São Paulo (SP). A aposta mínima passa a custar R$ 4,50, conforme reajuste feito. O novo valor foi autorizado no final de outubro pelo Ministério da Economia.
As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet.