segunda-feira, 29 de julho de 2019
Ameaça velada de hacker
reforça suspeitas
da PF de que ele não teria agido sozinho
A ameaça velada do hacker Walter
Delgatti, que disse por meio de advogados ter entregue todo material
hackeado de autoridades a pessoas de sua confiança dentro e fora do país, reforçou
as suspeitas de investigadores da Polícia Federal (PF) de que ele
não teria agido sozinho no caso. Confirmada a informação, seria o estilo de
quem atuou de forma planejada e com o apoio de outras pessoas.
Em seu primeiro
depoimento, Walter Delgatti, preso pela PF e que confessou ter
invadido celulares de autoridades, disse que agiu por conta própria
e repassou as conversas capturadas de celulares ao jornalista Glenn Greenwald
sem pedir nada em troca. A ameaça feita no domingo (28), em nota
distribuída por seus advogados, seria uma sinalização em sentido
contrário, indicando que pode haver uma rede por trás da operação.
Por enquanto, porém, a PF
ainda não tem nenhuma prova de que ele teria contratado ou atuado em conjunto
com alguém. E recebido pela invasão de celulares de procuradores da Lava Jato,
por exemplo. Os investigadores analisam o material apreendido em sua residência
e dos demais presos e aguarda os dados do seu sigilo bancário para confrontar
com a versão apresentada pelo hacker.
O perfil de Walter
Delgatti é usado como um dos indícios de que ele estaria sendo orientado no
caso desde o início. Antes de hackear autoridades, ele não tinha nenhuma
atuação com preocupação com questões nacionais e políticas. Pelo contrário,
sempre esteve envolvido em crimes cibernéticos e de falsificação de documentos.
Depois, ele passou a fazer
críticas ao governo Bolsonaro, ao ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança
Pública) e à Operação Lava Jato em redes sociais após as conversas capturadas
nos celulares invadidos por ele começarem a ser divulgadas. Ele, inclusive,
ficou afastado de uma rede social por oito anos, voltando somente agora com uma
atuação mais política.
Valdo Cruz – Portal G1
A recuperação da Petrobras
A semana passada não
poderia ter sido melhor para a Petrobras. Na quinta-feira, o presidente da
estatal, Roberto Castello Branco, esteve em Curitiba para a devolução de mais
R$ 424 milhões, oriundos de dois acordos de leniência e renúncias voluntárias.
Até agora, a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná conseguiu recuperar,
seja de réus da operação, seja de empresas que firmaram acordos com as
autoridades, um total de R$ 3 bilhões – considerando as devoluções obtidas por
outras unidades do Ministério Público Federal, são R$ 4 bilhões. Dois dias
antes, a Petrobras havia vendido ações da BR Distribuidora, conseguindo outros
R$ 8,6 bilhões; a estatal, que antes tinha 70,3% de participação na empresa,
agora ficou com 37,5%.
Na quinta-feira, Castello
Branco não poupou elogios à Lava Jato. A operação, segundo ele, “salvou a
Petrobras de se transformar numa PDVSA. Hoje é uma companhia forte e saudável”
– a PDVSA é a companhia estatal de petróleo venezuelana, completamente arrasada
graças ao socialismo chavista, apesar de a Venezuela ter as maiores reservas de
petróleo do mundo. De fato, a Petrobras sob o petismo caminhava para um destino
trágico, e não apenas devido ao esquema de corrupção desenfreada instalado na
empresa para sugá-la com o objetivo de perpetuar o projeto de poder petista. A
empresa ainda sofreu com decisões de mercado desastrosas, como a compra da
refinaria de Pasadena e o acerto com os venezuelanos para a construção da
Refinaria Abreu e Lima; e com as interferências palacianas nas políticas de
preços de combustíveis, mantidos artificialmente baixos para impedir que a
inflação aumentasse ainda mais e destruísse as perspectivas eleitorais de Dilma
Rousseff em 2014.
A Petrobras sob o petismo
caminhava para
um destino trágico, e não apenas por causa da corrupção
Depois de uma depredação
tão ampla, o processo de recuperação não seria simples nem rápido. Começou logo
após a cassação de Dilma, quando Michel Temer colocou Pedro Parente à frente da
estatal. Parente imprimiu políticas de mercado à Petrobras, mas deixou a
empresa em junho do ano passado, após a interferência de Temer na definição dos
preços do óleo diesel para apaziguar os caminhoneiros em greve. Ivan Monteiro
conduziu a estatal até o fim de 2018, quando Castello Branco assumiu, indicado
por Jair Bolsonaro.
Os três presidentes da
Petrobras após a era petista se dispuseram a levar a cabo um ambicioso processo
de desinvestimento da estatal, que passará a ter foco apenas na exploração e na
produção de petróleo. A privatização da BR Distribuidora veio logo após a venda
da rede de gasodutos TAG, que rendeu outros R$ 8,5 bilhões à estatal, e será
seguida pelo leilão de oito refinarias, que deve levantar mais R$ 10 bilhões. O
programa de desinvestimentos só não transcorreu de forma mais célere porque, em
meados de 2018, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo
Lewandowski, provocado por sindicalistas e partidos políticos suspendeu
liminarmente a venda de subsidiárias da Eletrobras, forçando a Petrobras a
rever seus planos por temor de contestações semelhantes. Foram necessários
vários meses até o plenário da corte decidir que a venda de subsidiárias de
estatais não precisava passar pelo crivo do Poder Legislativo.
A gestão profissional, o
enxugamento da estrutura da empresa e o combate aos focos de corrupção são
condições essenciais para a Petrobras escapar do buraco negro em que foi
lançada pelo populismo e pela ladroagem petistas. À medida que a Lava Jato
continua recuperando dinheiro desviado da estatal, e com a continuação do
programa de desinvestimento da empresa, a Petrobras pode vislumbrar um futuro
melhor, com endividamento em níveis aceitáveis e maior competitividade.
Gazeta do Povo – 29.07.2019
Invasão de celulares
O Fantástico foi até a
cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, e mostrou
relatos de conhecidos de Walter Delgatti, preso pela PF suspeito de ser o
hacker que invadiu celulares de autoridades. Ele tinha uma vida de ostentação e
tem passagens pela polícia e histórico de estelionato.
Delgatti já foi preso por
documento falso, tráfico de substâncias e por usar carteira falsa de delegado
de polícia. Uma jovem afirmou que ele estava preocupado com a polícia dias
antes de ser detido.
Fim do impasse
Após intervenção judicial, a
Petrobras abasteceu os dois navios iranianos que estavam aportados havia quase
dois meses em Paranaguá. A empresa alegava que, caso fornecesse
combustível, poderia sofrer represálias do governo dos EUA. Os americanos
apertaram as sanções contra o país persa.
Roubo de ouro
A investigação sobre
o roubo
de 718,9 kg de ouro no terminal de cargas do aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos, na Grande São Paulo, continua. No fim de semana, a Polícia
Civil prendeu 4 suspeitos - entre eles o encarregado de despacho do
aeroporto que disse à polícia ter sido mantido refém pela quadrilha.
O drama do Figueirense
O técnico do Figueirense, Hemerson Maria, falou abertamente sobre a crise do clube e afirmou que o time poderá não entrar em campo na próxima terça, caso os salários não sejam pagos. Segundo Maria, tem faltado até transporte para os jogadores da categoria de base. O Figueirense terceirizou seu departamento de futebol para uma empresa privada, a Elephant. Atualmente, o clube disputa a Série B do campeonato Brasileiro.
Presidente do Peru propõe
antecipar eleições
O presidente do Peru,
Martín Vizcarra, propôs, neste domingo, ao Congresso do país, antecipar as
eleições para julho de 2020, reduzindo em um ano seu próprio mandato e o dos
legisladores, como forma de sair da "crise institucional" entre os
dois Poderes. O anúncio foi feito durante o pronunciamento anual do presidente
no aniversário da independência do país. A informação é do jornal peruano
Diario Correo
"Apresento ao
Congresso uma reforma constitucional de antecipação das eleições gerais, que
implica na redução do mandato congressista até 28 de julho de 2020. Da mesma
forma, nesta reforma também se solicita a redução do mandato presidencial à
mesma data", declarou Vizcarra.
GP da Alemanha
O holandês Max Verstappen
venceu em uma corrida conturbada, no
Grande Premio da Alemanha. Vettel fica na segunda colocação após largar em
último. Completou o pódio Daniil Kvyat. O líder do campeonato, Lewis Hamilton,
liderava até bater e danificar a asa dianteira do carro. Terminou na décima
primeira colocação.
O hacker sabe de tudo, mas
precisa de
Manuela para saber o telefone de Glenn
A Lava Jato está sob
ataque. No fundo estes hackers estão atacando a Lava Jato, ou seja, estão
protegendo os corruptos. A operação conseguiu a devolução de R$ 6 bilhões para
a Petrobras, a empresa que mais foi atacada. Tiraram dela como formigas tiram
mel do pote.
Quando houve a devolução
do dinheiro foi com o objetivo de dizer que a Petrobras é nossa, do povo. Não
só a Petrobras, mas os bancos estatais também são nossos. Não se aproveitem das
estatais brasileiras de agora em diante, ou seja, depois que a polícia, o
Ministério Público e a Justiça chegaram e condenaram 159 pessoas.
Enquanto isso, a Polícia
Federal vai atrás do dinheiro dos hackers e de quem financiou essa invasão.
Tentaram descobrir quem financiou os advogados do Adélio Bispo, mas a OAB não
quis que descobrissem.
Está se escondendo alguma
coisa. Há muita coisa escondida que começa a aparecer devagarzinho. Muita
coincidência. Agora a gente vê que a candidata na chapa de Haddad foi quem
passou o telefone do americano para o hacker.
Engraçado que esse hacker
que tem condições de saber o telefone do Dallagnol, do Sergio Moro, do Paulo
Guedes, do presidente Bolsonaro, dos presidentes da Câmara e do Senado e de
ministros do Supremo não tem condições de descobrir o telefone do americano e
precisa da intermediação da ex-deputada Manuela d’Ávila.
Ela diz que não tem nada a
ver com isso e que apenas foi consultada e passou o telefone do Glenn. Enfim,
agora a polícia está atrás do dinheiro.
De onde veio tanto ouro?
A polícia prendeu dois
funcionários do aeroporto de Guarulhos que estariam envolvidos no assalto – sem
tiros e violência – que levou 718,9 quilos de ouro, ou seja R$ 110 milhões.
Não se tem notícia do ouro
até agora. Eu gostaria de saber de quem, para onde vai – aparentemente ele iria
para os Estados Unidos e Canadá –, com quem está o ouro, e a título de que o
pegaram. O que está escrito no guia de transportação desse ouro.
Também gostaria de saber
por que que a Polícia Civil de São Paulo está nesse caso, uma vez que se trata
de comércio internacional de ouro e aconteceu na divisão internacional do
Aeroporto de Guarulhos.
A polícia já prendeu os
suspeitos. Um dos presos mora em uma travessa de São Paulo chamada “nem prata,
nem ouro”, o que é muita ironia.
Sanções? Duvido
Eu citei aqui que os
navios iranianos estavam parados embarcando milho. Um deles já seguiu de volta
para o Irã e outro ainda vai embarcar milho no porto de Santa Catarina,
portanto é milho de agricultores catarinenses e paranaenses.
A Petrobras não queria
abastecer com medo de sanções do governo dos Estados Unidos. Mas o ministro de
plantão no Supremo, o presidente Dias Toffoli, mandou que abastecessem.
A Petrobras não podia
deixar de obedecer a lei brasileira e agora vamos ver o que acontece. Se
realmente vai haver sanções à Petrobras. O Brasil e os Estados Unidos estão em
uma fase tão boa de amizade que eu duvido que haja essas sanções.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
Assinar:
Postagens (Atom)