Expectativa de vida sobe 5,5 anos entre 2000 e
2016
Entre os anos 2000 e 2016, a expectativa de vida global
aumentou em 5,5 anos, de 66,5 para 72 anos, de acordo com um relatório de
estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quinta-feira
(4).
Segundo a OMS, a expectativa de vida continua sendo
fortemente afetada pela renda – o relatório analisa países em grupos de renda
conforme a classificação do Banco Mundial. Em países onde a renda é menor, a
expectativa de vida é 18,1 anos mais baixa do que países em mais ricos.
Diferenças entre homens e mulheres
O relatório aponta ainda que a expectativa de vida das
mulheres é maior do que a dos homens em todo o mundo. A diferença é ainda maior
nos países mais desenvolvidos.
A diferença na expectativa de vida de homens e mulheres
se dá por dois motivos principais: primeiro, porque os homens tendem a procurar
menos os serviços de saúde do que as mulheres e, segundo, porque as causas de
mortes de homens e mulheres não costumam ser sempre as mesmas.
Entre as 40 principais causas de morte, 33 atingem mais
homens do que mulheres, segundo a Organização.
No entanto, nos países em que a população tem menos
acesso a serviços de saúde, a distância na expectativa de vida dos homens e das
mulheres é menor. Mortes ligadas à maternidade são mais frequentes onde falta
acompanhamento médico adequado.
Nos países menos desenvolvidos, 1 em cada 41 mulheres é
vítima de “morte maternal”, ou seja, causada por complicações na gravidez e no
parto. Além disso, 99% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento. Em
mais de 90% dos países de baixa renda, há menos de quatro enfermeiros ou
obstetras para cada 1 mil pessoas.
Já em países desenvolvidos, essas complicações são raras:
1 em cada 3,3 mil mulheres morrem por problemas ligados à maternidade. Segundo
a OMS, as mortes maternais poderiam ser reduzidas “garantindo que as mulheres tenham acesso a serviços de
saúde de alta qualidade durante e depois do parto, e maior acesso a métodos
modernos de contracepção”.