Se não tem cargo, não voto!
Lamentavelmente as coisas na política brasileira seguem
da mesma maneira de sempre. As pessoas se elegem, pensam que são donas do
cargo, sonham com um novo mandato e, como sempre, passam a batalhar pela
nomeação de seus eleitores para cargos que garantam o maior número de votos na
próxima eleição. Não muda, está na alma da grande maioria dos políticos.
Desde ontem começaram as notícias da irritação dom
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, primeiro contra a Reforma da Previdência e
agora contra a Lei apresentada pelo ministro Sergio Moro. Maia está tão
contrariado que chegou a declarar que o presidente Bolsonaro, ao entregar a
proposta com o projeto que inclui os militares, poderia ter deixado o projeto
no balcão do protocolo do Congresso. Uma total desfeita ao, queira ou não,
presidente da República.
Sobre o projeto do ministro Sérgio Moro, da Justiça,
disse que se trata de uma “copia e cola” do projeto de Alexandre de Moraes e “está
confundindo as bolas”. Novo desrespeito de quem, imaginem só, queria ser presidente
do Brasil.
Na minha opinião, Nhonho Maia deve estar irritado com a
negativa, ou não aceitação de algum pedido de nomeação a algum indicado seu.
Vive no tempo do toma lá, dá cá, e quer trocar votos por cargos. Disse, também,
que Moro é funcionário de Bolsonaro e que ele (Maia) é presidente da Câmara.
Esqueceu que é funcionário dos brasileiros, pago pelos brasileiros, eleito
pelos votos dos brasileiros, eventualmente deputado e presidente da Câmara.
Só se agride, ofende e maltrata pessoas, quando se está
contrariado, se considerando injustiçado ou temeroso de que algo maior possa
ocorrer caso não use de todas as armas contra o que lhe interessa. Maia sabe
que a aprovação da Lei Anticrime de Moro, pode significar um perigo contra seus
propósitos ou, o que seria ruim para ele, uma investigação sobre suas decisões
e atuação política.
Ao afirmar que o projeto de Moro é copia do de Alexandre,
esquece que não fez nada para que esse fosse aprovado. Agora, faz de tudo para
prorrogar a aprovação de algo que bate de frente com seus interesses. Fora a
negativa de liberação de verbas, nomeação de amigos e correligionários, algo de
muito podre deve estar incomodando o presidente da Câmara.
Quem viver verá!
Tenham todos um Bom Dia!