Lava Jato investiga
propina a filho de
Lula para compra do sítio
de Atibaia
A 69ª fase da operação
Lava Jato deflagrada nesta terça-feira (10) apura se Fábio Luis Lula da Silva,
o "Lulinha", adquiriu o sítio em Atibaia com propinas. Batizada de
Mapa da Mina, a nova fase é um desdobramento da 24ª fase realizada pela Lava
Jato em 2016, chamada de Aletheia. A operação ficou conhecida por levar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a depor na Polícia Federal no Aeroporto
de Congonhas, em São Paulo.
Policiais federais cumprem
nesta terça 47 mandados de busca a apreensão autorizados pela 13ª Vara Federal
de Curitiba nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito
Federal. As investigações apontam repasses financeiros suspeitos, realizados
por empresas do grupo Oi/Telemar em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol,
controladas por Fábio Luis Lula da Silva, o "Lulinha", além de
Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna.
Sítio em Atibaia
Ainda segundo o Ministério
Público Federal (MPF), parte dos recursos foi utilizado para a aquisição do
sítio de Atibaia no interesse do ex-presidente Lula. Os indícios para a nova
fase da operação foram obtidos a partir de pelo menos outras três fases da Lava
Jato, segundo o procurador Roberson Pozzobon. Ele indicou que a investigação
teve início a partir de uma ação penal na qual o ex-presidente Lula foi
condenado, envolvendo o repasse de valores da Odebrecht e OAS para reformas no
sítio de Atibaia.
Segundo Pozzobon, o que
está em apuração são as evidências de que o Sítio Santa Denise e o Sítio Santa
Bárbara, em Atibaia, podem ter sido obtidos respectivamente por Fernando Bittar
e Jonas Suassuna, com dinheiro repassado as empresas investigadas na atual
fase.
O MPF revela que as
investigações indicam que os pagamentos, de valores que superam R$ 132 milhões,
efetuados entre 2004 e 2016, foram realizados sem justificativa econômica
plausível e o grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados
pelo governo federal.
Entre os crimes
investigados estão corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro em
contratos de operadoras de telefonia, internet e TV por assinaturas, no Brasil
e no exterior.
Fonte: Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário