Relatório da CPI do BNDES
chega às
mãos do procurador Augusto
Aras
O procurador-geral da
República, Augusto Aras, recebeu ontem (20) de parlamentares o
relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que apurou
irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
O documento foi entregue
pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), que presidiu a CPI, e por outros
integrantes do colegiado. Segundo a PGR, o relatório será agora encaminhado aos setores competentes
do Ministério Público Federal (MPF), que deverão analisar as medidas cabíveis.
O relatório foi aprovado
em 22 de outubro e pede o indiciamento de 52 pessoas, entre
ex-ministros da Fazenda, como Guido Mantega e Antônio Palocci, ex-presidentes e
ex-diretores do BNDES e executivos de empresas como Odebrecht e JBS, que teriam
feito operações suspeitas com o banco.
A lista de indiciamentos
chegou a contar com os nomes dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Dilma Rousseff, mas a inclusão deles no rol de suspeitos acabou sendo derrotada
na votação do relatório final da CPI. Outras nove pessoas também tiveram seus
nomes retirados.
Segundo o documento, a
comissão encontrou indícios de crimes de corrupção e formação de quadrilha no
âmbito do banco, em operações para internacionalização e o financiamento de
obras no exterior de grandes empresas como a JBS.
À época da aprovação do
relatório, a holding J&F,
controladora do frigorífico JBS, divulgou nota em que diz que "a empresa e
seus acionistas colaboram com a Justiça”.
É a terceira CPI do BNDES
realizada no Congresso – duas na Câmara e uma no Senado –, sendo que nas duas
primeiras ninguém foi indiciado.
Fonte; Agência Brasil
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