REFORMA DE PREVIDÊNCIA
Senado aprova reforma em
1.º turno
O plenário do Senado
aprovou na noite desta terça-feira (1º), em primeiro turno, o texto-base da
reforma da Previdência, que estabelece idade mínima para aposentadoria, entre
outras mudanças. A aprovação veio por uma boa margem de votos – foram 56 favoráveis
e 19 contra. Como se trata de uma proposta de emenda constitucional (PEC), o
texto precisava ter, no mínimo, 49 votos a favor.
Os senadores, porém,
impuseram uma grande derrota ao governo ao votar os destaques (pedidos pontuais
de mudança ao texto). Eles aprovaram um destaque do Cidadania que mantém o
atual limite de renda para obtenção do abono salarial. A proposta vinda da
Câmara reduzia o limite de dois salários mínimos para R$ 1.364,43 por mês. Com
a manutenção da regra atual (limite de dois salários mínimos), a economia
projetada com a reforma deverá ser reduzida em R$ 70 bilhões, segundo o
Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado. Ou seja, ficará em torno de R$
800 bilhões ao longo de dez anos.
Devido ao revés, a sessão
de votação da reforma da Previdência foi encerrada. Ainda falta votar outros
seis destaques de bancada. Além do destaque do abono, passou o destaque do MBD
que excluiu a possibilidade de estados e municípios cobrarem alíquota extra de
seus servidores em caso de déficit do regime. Nesse caso, houve um acordo para
passar o destaque.
“Não foi bom para o país o
que aconteceu hoje”
O secretário
especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, demonstrou consternação
com a derrota sofrida pelo governo na votação dos destaques da reforma da
Previdência no plenário do Senado. O governo acabou perdendo uma votação e
deixou passar um destaque que mantém o atual limite de renda para obtenção do
abono. Com isso, a economia com a reforma caiu em cerca de R$ 70 bilhões,
segundo a IFI, ficando em torno de R$ 800 bilhões ao longo de dez anos.
"Não foi bom para o
país o que aconteceu hoje", declarou a jornalistas após o fim da sessão.
"Na hora que você tem uma derrota como essa, evidente que uma coisa não está
certa. O governo precisa se reorganizar", completou. A sessão acabou sendo
encerrada após o revés sem votar todos os destaques. A votação continua nesta
quarta (2).
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