terça-feira, 24 de setembro de 2019




Na ONU, Bolsonaro ataca o socialismo, Cuba, 
Venezuela e o ambientalismo radical


O presidente Jair Bolsonaro faz neste momento, em Nova York (EUA), o discurso de abertura da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro atacou o socialismo, Cuba, Venezuela, o ambientalismo radical, e defendeu a posição do atual governo sobre a Amazônia.

Bolsonaro começou atacando os governos esquerdistas da América Latina e falando da "oportunidade de restabelecer a verdade" que está tendo. "Meu país esteve muito próximo do socialismo", afirmou, destacando os índices de criminalidade, a crise econômica e o ataque aos valores familiares que aumentaram durante os governos petistas.

Falou sobre o fim do programa Mais Médicos, que, segundo ele, contribuía para promover a ditadura em Cuba. Além disso, criticou o governo venezuelano. "O socialismo está dando certo na Venezuela. Todos estão pobres e sem liberdade", disse. "Temos feito a nossa parte para ajudar, através da Operação Acolhida, elogiada mundialmente".

Logo depois, falou da questão amazônica e dos "ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia". Ressaltou a importância da soberania do Brasil sobre a região amazônica. "É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco afirmar que nossa floresta é o pulmão do mundo"

Atacou o presidente da França, Emmanuel Macron, referindo-se à sugestão que o francês fez sobre a necessidade de dar um status internacional à Amazônia, e agradeceu ao presidente Donald Trump como alguém que respeita "a liberdade e a soberania de cada um de nós". "É preciso entender que os nossos nativos são seres humanos, que querem usufruir dos mesmos direitos e deveres de cada um de nós", disse.

Falou sobre as tribos indígenas e suas tradições, e afirmou que alguns líderes indígenas, como o cacique Raoni, são usados como peças de manobras por grandes forças estrangeiras, que querem "manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas". "Os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio, mas sim com as riquezas minerais."

Bolsonaro falou da presença em sua comitiva da indígena Ysani Kalapalo, e afirmou que ela será uma liderança da questão indígena no Brasil a partir de agora. "Acabou o monopólio do senhor Raoni", disse o presidente. Na segunda-feira, um dia antes do discurso, Bolsonaro apareceu publicamente com um colar indígena no hotel em que está hospedado. De acordo com a Folha de S.Paulo, o adereço foi dado de presente por Kalapalo. A presença dela evidencia a importância da pauta da Amazônia para a participação do Brasil na assembleia-geral.

É a primeira participação de Bolsonaro numa assembleia-geral da ONU, tradicionalmente aberta pelos representantes do Brasil nas Nações Unidas.

Mais informações daqui a pouco

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