Na ONU, Bolsonaro ataca o socialismo, Cuba,
Venezuela e o
ambientalismo radical
O presidente Jair
Bolsonaro faz neste momento, em Nova York (EUA), o discurso de abertura da
assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro atacou o
socialismo, Cuba, Venezuela, o ambientalismo radical, e defendeu a posição do
atual governo sobre a Amazônia.
Bolsonaro começou atacando
os governos esquerdistas da América Latina e falando da "oportunidade de
restabelecer a verdade" que está tendo. "Meu país esteve muito
próximo do socialismo", afirmou, destacando os índices de criminalidade, a
crise econômica e o ataque aos valores familiares que aumentaram durante os
governos petistas.
Falou sobre o fim do
programa Mais Médicos, que, segundo ele, contribuía para promover a ditadura em
Cuba. Além disso, criticou o governo venezuelano. "O socialismo está dando
certo na Venezuela. Todos estão pobres e sem liberdade", disse.
"Temos feito a nossa parte para ajudar, através da Operação Acolhida,
elogiada mundialmente".
Logo depois, falou da
questão amazônica e dos "ataques sensacionalistas que sofremos por grande
parte da mídia". Ressaltou a importância da soberania do Brasil sobre a
região amazônica. "É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da
humanidade e um equívoco afirmar que nossa floresta é o pulmão do mundo"
Atacou o presidente da
França, Emmanuel Macron, referindo-se à sugestão que o francês fez sobre a
necessidade de dar um status internacional à Amazônia, e agradeceu ao
presidente Donald Trump como alguém que respeita "a liberdade e a
soberania de cada um de nós". "É preciso entender que os nossos
nativos são seres humanos, que querem usufruir dos mesmos direitos e deveres de
cada um de nós", disse.
Falou sobre as tribos
indígenas e suas tradições, e afirmou que alguns líderes indígenas, como o
cacique Raoni, são usados como peças de manobras por grandes forças
estrangeiras, que querem "manter nossos índios como verdadeiros homens das
cavernas". "Os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano
índio, mas sim com as riquezas minerais."
Bolsonaro falou da
presença em sua comitiva da indígena Ysani Kalapalo, e afirmou que ela será uma
liderança da questão indígena no Brasil a partir de agora. "Acabou o
monopólio do senhor Raoni", disse o presidente. Na segunda-feira, um dia
antes do discurso, Bolsonaro apareceu publicamente com um colar indígena no
hotel em que está hospedado. De acordo com a Folha de S.Paulo, o adereço foi
dado de presente por Kalapalo. A presença dela evidencia a importância da pauta
da Amazônia para a participação do Brasil na assembleia-geral.
É a primeira participação
de Bolsonaro numa assembleia-geral da ONU, tradicionalmente aberta pelos
representantes do Brasil nas Nações Unidas.
Mais
informações daqui a pouco
Nenhum comentário:
Postar um comentário