O que você acha de uns
serem
diferentes dos outros perante a lei?
O que você acha de uns
serem diferentes dos outros perante a lei, alguns terem mais direitos que os
outros?
Esse é um problema muito
sério aqui no Brasil porque não acontece apenas com deputado, senadores e
autoridades que têm foro privilegiado. Acontece também com pessoas que são
diferentes por causa da cor da pele, por causa da preferência sexual e até por
causa do sexo.
Estão fazendo leis dando
diferenças e contrariando aquilo que está escrito na Constituição: “Todos são
iguais perante a lei independente de diferença de qualquer natureza”.
Eu falo isso hoje porque
se descobriu que existem no mínimo dois ministros do Supremo que são objeto de
investigação da Receita Federal, entre 133 pessoas com renda elevada. Inclusive
as mulheres desses dois ministros. Eles são: Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
O ministro Gilmar Mendes,
em uma entrevista, no Correio Braziliense de domingo (4), disse que a Lava Jato
é uma organização criminosa destinada a investigar pessoas e causar grandes
danos. Parece que ele passando recibo, “dando um touche”, que na esgrima ocorre
quando a pessoa é atingida.
A procuradora-geral da
União, Raquel Dodge, depois que Alexandre de Moraes reagiu - relator do
processo instaurado pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, para investigar
ofensas ao Supremo e fake News – e mandou parar a investigação da Receita e
mandou afastar três auditores.
O subprocurador do
Tribunal de Contas das União entrou nisso, e quer saber mais sobre isso. Mas eu
me pergunto: investiga todo mundo, mas não pode investigar ministro do Supremo
na Receita Federal?
Do Supremo para a OAB...
Ministro do Supremo, como
a gente sabe, como é o supremo na Justiça, tem que ser o supremo exemplo de
cumprimento das leis. Assim como, por exemplo, a OAB, em que todo advogado
jurou defender a Constituição e as leis. Por isso, eles têm que ser os
primeiros a respeitar as leis.
Agora o presidente da OAB,
Felipe Santa Cruz, está sendo objeto de processo, de afastamento porque andou
ofendendo as pessoas. Ele começou ofendendo o ministro Sergio Moro dizendo que
ele foi chefe de uma organização criminosa.
O presidente Bolsonaro
tomou as dores do seu ministro, e perguntou como foi que morreu o pai do presidente da OAB, que fazia parte de uma
organização terrorista chamada Ação Popular - que jogou bombas e pretendia
instalar no Brasil um regime marxista igual a de Cuba, uma ditadura cubana.
E por isso, todo mundo
está falando da tal Comissão da Verdade instalada no governo da época
exatamente para inventar indenizações para milhares de pessoas. Pagas com o seu
dinheiro.
Está se discutindo muito e
a gente descobre que quem elege o presidente nacional da OAB não são os
advogados, que não têm voto direto. Embora a OAB fale em democracia, defesa da
lei e representatividade, o presidente do órgão é escolhido por pouco mais de
vinte delegados estaduais, que são mandados para Brasília para elege-lo.
É bom que a gente discuta
tudo isso porque afinal a transparência é primordial.
Para finalizar...
Todo mundo continua
insistindo na história da divisão do país. Eu dei uma entrevista para um jornal
de Santa Cruz do Sul – onde eu estou – e a pessoa me perguntou se eu podia
dizer sobre isso.
Estávamos acostumados com
uma ideia única. Democracia não é ideia única. A gente fala em
diversidade ecológica, de gênero e de cores, mas não tem diversidade de ideias,
não? Que história é essa?
A pessoas estão
protestando porque há diversidade de ideias. Que democracia é essa? É claro que
isso não é democracia. Quem está brigando tem raízes totalitárias. Essa que é a
questão. Eu estou falando isso para a gente pensar a respeito
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
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