Câmara gasta R$ 93 milhões
com
despesas médicas em 6 meses
A Câmara dos Deputados gastou R$ 93
milhões com assistência médica e
odontológica de parlamentares e servidores de janeiro a
junho deste ano. O valor é quase o mesmo desembolsado para esses serviços em
todo o ano passado, quando foram despendidos R$ 100 milhões, e se aproxima do
montante total previsto no Orçamento de 2019 - R$ 117 milhões.
Todos os deputados têm
direito a um plano de saúde, que é bancado pela Casa. Os R$ 93 milhões,
contudo, foram usados para serviços adicionais: custear o departamento médico
da Câmara e reembolsar despesas dos parlamentares e dos servidores não cobertas
pelo plano, como o tratamento dentário de Marco Feliciano (Podemos-SP).
O deputado pastor
foi reembolsado em R$ 157 mil para um tratamento odontológico
realizado em uma clínica de Luziânia (GO). O parlamentar argumentou que
precisava corrigir um problema de articulação na mandíbula e reconstruir o
sorriso com coroas e implantes na boca.
O deputado reconheceu que
o valor do seu tratamento ficou “caro”, mas disse que encontrou orçamentos mais
onerosos para os cofres públicos. “É um tratamento caro, mas foi para saúde, e
não para estética. Foi para poder trabalhar. Como sou empregado, e onde
trabalho há esta alternativa, eu precisava do tratamento”, afirmou. “Não há
crime.”
Os reembolsos médicos e
odontológicos são permitidos a deputados e servidores apesar de todos terem
acesso ao plano de saúde completo com cobertura em rede ligado à Caixa Econômica
Federal.
O convênio, administrado
pelo Programa de Assistência à Saúde da Câmara dos Deputados (Pró-Saúde),
presta assistência em todo o território nacional e dá acesso aos principais
hospitais do País. Entre os serviços oferecidos, estão atendimentos
médico-hospitalar, odontológico, fisioterápico, psiquiátrico e até home
care - quando o paciente recebe o tratamento em sua casa.
O contrato é uma das
despesas fixas mais altas da Câmara. Assinado em 2017, ele custa ao
Parlamento R$ 445 milhões por dois anos de vigência.
Além do plano de saúde, a
Câmara possui uma estrutura médica equivalente a um mini-hospital, que inclui
tomógrafo e uma UTI móvel. Há 70 médicos de 17 especialidades diferentes à
disposição de parlamentares e servidores no local.
Fonte: Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário