quarta-feira, 24 de julho de 2019




PF aponta movimentação suspeita de
R$ 600 mil por casal suspeito de hackear Moro


A Polícia Federal (PF) identificou uma movimentação financeira suspeita nas contas de um casal suspeito de hackear o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, e outras cinco autoridades. Segundo um relatório da PF, o suspeito Gustavo Henrique Elias Santos, um dos presos na operação Spoofing, nesta terça-feira (23), movimentou R$ 424 mil entre abril e junho do ano passado.

O valor chamou a atenção das autoridades, já que o suspeito declara uma renda de R$ 2,8 mil mensais. Já a companheira de Gustavo, Suellen Priscila de Oliveira, teria movimentado R$ 203,5 mil entre março e maio deste ano. A renda declarada dela é de R$ 2,1 mil mensais.

Com base nestas informações, o juiz Valisney Oliveira, da Justiça Federal de Brasília, autorizou no dia 19 de julho a quebra do sigilo bancário de Suellen, Gustavo e outros dois suspeitos de participação na invasão de celulares de autoridades. O juiz também autorizou o bloqueio de ativos financeiros superiores a R$ 1 mil que estejam disponíveis nas contas dos investigados.

Quem são os alvos da operação

Dois deles foram identificados como Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, preso em São Paulo, e Walter Delgatti Neto, detido em Araraquara – a polícia não confirma esses nomes. Já as identidades dos outros detidos ainda não foram reveladas.

Segundo a Folha de S. Paulo, Gustavo Santos já foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por porte ilegal de arma. O advogado Ariovaldo Moreira, que defende Santos, disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers. Segundo o defensor, Santos trabalha como DJ. Os familiares de Elias Santos esperam que a prisão seja um erro de investigação.

Já Delgatti Neto tem um currículo criminal mais extenso, segundo apurou o site O Antagonista: ele foi preso e condenado por receptação, falsificação de documentos e porte ilegal de arma. Também é investigado por vários crimes de estelionato e foi detido em 2015 com uma carteira falsa de delegado de polícia.

Fonte: Gazeta do Povo

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