MEC pretende implantar no país
108 escolas
cívico-militares até 2023
O Ministério da Educação (MEC) pretende implementar 108
escolas cívico-militares até 2023. Essa é uma das ações previstas no
Compromisso Nacional pela Educação Básica, documento apresentado hoje (11), em
Brasília. Ele reúne ações que estão sendo planejadas para serem implementadas
até o fim do atual governo.
Além das escolas militares, pretende-se dar celeridade à
conclusão de mais de 4 mil creches até 2022; conectar 6,5 mil escolas rurais
por meio de satélite em banda larga em todos os estados; e ofertar cursos de
ensino a distância para melhorar a formação de professores, até 2020, entre
outras ações.
O documento foi elaborado pelo MEC em conjunto com
estados e municípios representados pelo Conselho Nacional de Secretários de
Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(Undime). As ações são voltadas para a educação básica, período que compreende
desde o ensino infantil até o ensino médio.
O plano de ação, segundo o ministro da Educação, Abraham
Weintraub, visa dar mais protagonismo aos estados e municípios, seguindo o mote
defendido pelo governo de menos Brasília e mais Brasil. “As ideias já existiam,
precisava transformar a energia potencial em energia cinética”, disse. Segundo
ele, o Brasil tem boas iniciativas e recursos que podem ser direcionados para
melhorar a educação do país.
A intenção, de acordo com o MEC, é tornar o Brasil
referência em educação na América Latina até 2030. “Nós, como brasileiros, em
essência, somos tão bons quanto qualquer país no mundo”, disse o ministro.
Escolas cívico-militares
Um dos destaques do Compromisso Nacional pela Educação
Básica é a implementação de escolas cívico-militares, pauta defendida desde a
campanha do presidente Jair Bolsonaro.
Neste ano, o MEC passou a contar inclusive com uma
Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares. A intenção é, de acordo
com o plano apresentado nesta quinta-feira, implementar o modelo em 27 escolas,
por ano, uma por unidade da federação. A medida, segundo o MEC, deve atender a
108 mil alunos.
Além das 27 novas escolas por ano, o MEC pretende
fortalecer 28 escolas cívico-militares por ano, em conjunto com os demais entes
federados, totalizando 112 escolas até 2023, atendendo a aproximadamente 112
mil estudantes.
As escolas cívico-militares são instituições não
militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores.
A meta é aumentar a média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb). Segundo o MEC, enquanto a média do Ideb em colégios militares é 6,99,
nos civis é 4,94.
“Os pressupostos é que [a instalação das escolas] se dê em locais
carentes, como foi o ensino médio em tempo integral. Se não se coloca em locais
que sejam carentes, estará aumentando ainda mais a diferença de conhecimento
dessa população”, afirmou o secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Carlos
Endo Macedo. Ao todo, o governo pretende investir R$ 40 milhões por ano.
Agência Brasil
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