sexta-feira, 31 de maio de 2019






O protesto dos estudantes

Quando eu estava no primário (naquele tempo era assim) no Grupo Escolar Mena Barreto, em São Gabriel, além do guarda pó branco e da gravata azul, uniforme obrigatório a todos os alunos, a gente aprendia, já nos primeiros dias, a cantar o Hino Nacional e reverenciar a bandeira do Brasil. Fomos ensinados que, tanto o hino quanto a bandeira, eram símbolos que a gente tinha que respeitar.

Quando havia qualquer festividade na escola, que a gente também respeitava, todos cantavam o hino e alguém segurava a bandeira, respeitosamente.

Hoje, acho que lamentavelmente, as coisas mudaram muito. Os meninos vão para as salas de aula de bermuda, chinelo e camiseta regata, que a gente chamava de camisa de física. As meninas andam de short, minissaia e assessórios da moda. Uniforme é coisa antiga, totalmente fora de moda.

Sem querer ser saudosista, mas sendo um pouco, falo naquele tempo para comparar com as imagens do protesto de ontem, dito em favor da educação. Educação? Na verdade um  protesto orientado e incentivado por partidos políticos e profissionais que não aceitam o resultado das urnas e querem que o Brasil siga em direção ao precipício que eles abriram nos últimos anos.
As duas fotos que estão abaixo, foram publicadas pela RBS e mostram momentos da manifestação (?) de estudantes (?) em Porto Alegre.


Assim como fiz em fotos das ditas manifestações em todo o Brasil, algumas com meia dúzia de pessoas, procurei em todas as fotos, a bandeira do Brasil. Imaginei que nos protestos estudantis, ela predominasse, sendo levantada com  orgulho pelos jovens que dizem lutar por uma melhor educação, sem cortes de verbas, coisa comum em todos os governos que contingenciaram recursos para a área. Contingenciamento, naquela época, explicava os atos dos governantes que nunca foram contestados. Hoje é corte, desmonte da educação, fim das pesquisas, motivo de manifestações com a participação de políticos (sempre os mesmos), sindicatos, CUT, MST e outros bem conhecidos.
Mesmo reunindo pouca gente, não consegui ver uma única bandeira do Brasil em nenhuma das manifestações pelas cidades onde ocorreram. Os estudantes (?) empunharam bandeiras vermelhas e de outras cores, com símbolos de seus partidos, vestiram camisetas da mesma cor e cumpriram rigorosamente as ordens de seus coordenadores, ou seja, transformaram o movimento em ação contra om governo, contra o futuro. Provavelmente por orientação partidária, aboliram a defesa de suas lideranças e deixaram de fora o pedido de liberdade para os condenados presos.
Confesso, entristecido, que lembrei do meu tempo de Mena Barreto, do Hino Brasileiro e da Bandeira do Brasil.  Quem sabe os estudantes de hoje sintam vergonha do nosso hino e da nossa bandeira, Preferem coisas mais modernas e seguem o líder, ou os líderes.
Machado Filho

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