Venezuela tem confrontos e
carros da polícia
avançam sobre manifestantes em Caracas
As ruas de Caracas,
capital da Venezuela, foram tomadas por confrontos nesta terça-feira (30) horas
após o presidente autoproclamado, Juan Guaidó, ter convocado
a população a se
manifestar contra o regime de Nicolás Maduro. Guaidó
anunciou o apoio de militares para derrubar o governo e deu início à fase final
da chamada Operação Liberdade.
Maduro acusa os
oposicionistas de tentativa de golpe. Ele postou que militares demonstraram
"total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria". Também convocou
às ruas a população que o apoia.
"Venceremos",
escreveu o chavista em rede social.
Por volta de 12h, grupos
de manifestantes tentavam entrar na principal base aérea do país, a Generalíssimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi
escolhido como ponto de apoio a Guaidó, mas não era controlado por militares
apoiadores do oposicionista até o início desta tarde.
Manifestantes forçavam as
grades, mas os militares respondiam com disparos de bombas de gás. Carros
blindados da polícia também avançavam sobre manifestantes. Um dos veículos
chegou a acelerar sobre a multidão, atropelando pessoas e provocando correria
que derrubou mais gente perto da La Carlota
Logo após o carro avançar,
uma chama foi vista sobre o veículo. Não era possível identificar, no entanto,
de onde partiu o fogo.
Nas ruas, mais cedo,
militares já haviam disparado bombas contra manifestantes. De acordo com a rede
de TV estatal Telesur, policiais tentaram dispersar com gás lacrimogêneo
aqueles considerados "golpistas".
A base La Carlota fica na
região leste de Caracas, a cerca de 13 quilômetros do Palácio Miraflores, sede
do governo. Em 2002, o local foi declarado zona de segurança militar. Os voos
para lá estão proibidos desde 2014, de acordo com o jornal colombiano “El
Mundo”.
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