Marcelo Odebrecht: ‘Amigo do amigo
do meu pai’ é Dias
Toffoli
O empresário Marcelo Odebrecht encaminhou
à Polícia Federal explicações sobre codinomes citados em e-mails apreendidos em
seu computador em que afirma que apelido “amigo do amigo do meu pai” refere-se
ao ministro Dias
Toffoli, presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF). A explicação do empreiteiro se refere a um e-mail
de 13 de julho de 2007, quando o ministro ocupava o cargo de Advogado-Geral da
União (AGU) no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Procurado, o Supremo não se manifestou. Interlocutores do
ministro Dias Toffoli alegam que a troca de e-mails já era de conhecimento
público desde o ano passado.
As informações enviadas por Marcelo Odebrecht foram
solicitadas pela PF e são parte do acordo de colaboração premiada firmado por
ele com a Procuradoria-geral da República. O delator está desde dezembro de
2017 em prisão domiciliar depois de passar cerca de dois anos presos em
Curitiba.
Na mensagem eletrônica, Marcelo pergunta aos executivos
Adriana Maia e Irineu Meireles: “Afinal vocês fecharam com o amigo do
amigo de meu pai?”. Não há, entretanto, no documento enviado pelos advogados do
empreiteiros à PF citações a pagamentos para o ministros. Segundo o empresário,
para saber mais sobre os fatos, a PF deve questionar o ex-diretor Jurídico da
Odebrecht Adriano Maia.
“Refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU
sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira. “Amigo do amigo de meu
pai” se refere a José Antônio Dias Toffoli. A natureza e o conteúdo dessas
tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que
as conduziu”, diz Marcelo Odebrecht sobre o e-mail.
Com Estadão
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