sexta-feira, 23 de novembro de 2018

➤56ª fase da Lava Jato

Superfaturamento na sede da Petrobras em Salvador


A 56ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira (23), apura superfaturamento na construção da nova sede da Petrobras em Salvador (BA), de acordo com a Polícia Federal (PF).

Esta nova etapa foi autorizada pela juíza substituta Gabriela Hardt e por Sérgio Moro. Com a ida de Moro para o Ministério da Justiça, Gabriela Hardt fica à frente da Operação Lava Jato até 30 de abril de 2019.

Até o momento, seis pessoas foram presas em São Paulo. Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, é uma das pessoas presas em São Paulo. A prisão dela é temporária.

Mario Cesar Suarez, da OAS, foi preso preventivamente na capital baiana. Já Wagner Pinheiro Oliveira, ex-presidente da Petros e Correios, foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.


Os policiais federais estão nas ruas para cumprir os 68 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e oito de prisão preventiva – que é por tempo indeterminado. As ordens judiciais são cumpridas nos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Conforme a PF, também houve superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia.

Os valores eram direcionados, segundo o PF, para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras, do PT e dirigentes da Petros.

Corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa estão entre os crimes investigados nesta fase.

Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.

Portal G1

➤Ricardo Vélez Rodríguez

Professor de escola militar assumirá a Educação

Ricardo Vélez Rodriguez - Foto: Reprodução
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na noite desta quinta-feira pelas redes sociais que o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez será o futuro ministro da Educação. Nome desconhecido da comunidade educacional, crítico ao Enem e com afinidade ao Escola sem Partido, hoje ele é professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

“Gostaria de comunicar a todos a indicação de Ricardo Vélez Rodríguez, filósofo autor de mais de 30 obras, atualmente Professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, para o cargo de Ministro da Educação”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

O professor é um desconhecido na comunidade educacional. Ele mantém um blog em que, em 7 de novembro, conta que foi indicado pelo filósofo Olavo de Carvalho a Bolsonaro para comandar a Pasta. 

No texto, ele diz que é preciso “refundar” o Ministério da Educação no “contexto da valorização da educação para a vida e a cidadania a partir dos municípios” e que será o ministro da Educação para “tornar realidade, no terreno do MEC, a proposta de governo externada pelo candidato Jair Bolsonaro, de Mais Brasil e Menos Brasília”. Diz ainda que Bolsonaro venceu porque representou a insatisfação de todos os brasileiros contra governos petistas. 

O professor também critica outros nomes que foram pensados para o MEC, como o da presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini. Para o futuro ministro, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prova que ela é responsável atualmente,  é um “instrumento de ideologização”.

Sobre educação, Vélez Rodríguez escreve de maneira complicada, mas deixa clara sua afinidade com projetos como Escola sem Partido. Diz em seu blog que os brasileiros estão “reféns de um sistema de ensino alheio às suas vidas e afinado com a tentativa de impor, à sociedade, uma doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista, travestida de 'revolução cultural gramsciana', com toda a corte de invenções deletérias em matéria pedagógica como a educação de gênero". Para ele, essa educação atual estaria “destinada a desmontar os valores tradicionais da nossa sociedade, no que tange à preservação da vida, da família, da religião, da cidadania, em soma, do patriotismo.”

O professor também tem um livro em que critica o PT, de 2015, chamado A Grande Mentira - Lula e o Patrimonialismo Petista. Na contracapa, diz que o partido conseguiu "potencializar as raízes da violência", mediante a disseminação "de uma perniciosa ideologia que já vinha inspirando a ação política do Partido dos Trabalhadores: a ‘revolução cultural gramsciana’”.

Agência Estado