Ricardo Vélez Rodriguez - Foto: Reprodução |
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na noite
desta quinta-feira pelas redes sociais que o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez será
o futuro ministro da Educação. Nome desconhecido da comunidade educacional,
crítico ao Enem e com afinidade ao Escola sem Partido, hoje ele
é professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da
Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
“Gostaria de comunicar a
todos a indicação de Ricardo Vélez Rodríguez, filósofo autor de mais de 30
obras, atualmente Professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do
Exército, para o cargo de Ministro da Educação”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
O professor é um
desconhecido na comunidade educacional. Ele mantém um blog em que, em 7 de
novembro, conta que foi indicado pelo filósofo Olavo de Carvalho a
Bolsonaro para comandar a Pasta.
No texto, ele diz que é
preciso “refundar” o Ministério da Educação no “contexto da valorização da
educação para a vida e a cidadania a partir dos municípios” e que será o
ministro da Educação para “tornar realidade, no terreno do MEC, a proposta de
governo externada pelo candidato Jair Bolsonaro, de Mais Brasil e Menos
Brasília”. Diz ainda que Bolsonaro venceu porque representou a insatisfação de
todos os brasileiros contra governos petistas.
O professor também critica
outros nomes que foram pensados para o MEC, como o da presidente do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês
Fini. Para o futuro ministro, o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), prova que ela é responsável
atualmente, é um “instrumento de ideologização”.
Sobre educação, Vélez
Rodríguez escreve de maneira complicada, mas deixa clara sua afinidade com
projetos como Escola sem Partido. Diz em seu blog que os brasileiros estão
“reféns de um sistema de ensino alheio às suas vidas e afinado com a tentativa
de impor, à sociedade, uma doutrinação de índole cientificista e enquistada na
ideologia marxista, travestida de 'revolução cultural gramsciana', com toda a
corte de invenções deletérias em matéria pedagógica como a educação de
gênero". Para ele, essa educação atual estaria “destinada a desmontar os
valores tradicionais da nossa sociedade, no que tange à preservação da vida, da
família, da religião, da cidadania, em soma, do patriotismo.”
O professor também tem um
livro em que critica o PT, de 2015, chamado A Grande Mentira - Lula e
o Patrimonialismo Petista. Na contracapa, diz que o partido conseguiu
"potencializar as raízes da violência", mediante a disseminação
"de uma perniciosa ideologia que já vinha inspirando a ação política do
Partido dos Trabalhadores: a ‘revolução cultural gramsciana’”.
Agência Estado
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