sábado, 22 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DOS GRANDES CANTORES
FRANK SINATRA
MY WAY


➤FUTEBOL


SÉRIE A26ª RODADA

Sábado – 22/09
16 horas
São Paulo 1 X 1 América MG – Morumbi

Domingo – 23/09
11 horas
Grêmio 3 X 2 Ceará – Arena Grêmio

16 horas
Corinthians 1 X 1 Internacional – Itaquerão
Atlético PR 3 X 0 Paraná – Baixada
Flamengo 2 X 1 Atlético MG – Maracanã

18 horas
Vitória _ X _ Botafogo – Barradão
Sport _ X _ Palmeiras – Ilha Retiro

19 horas
Cruzeiro _ X _ Santos – Mineirão

Segunda – 24/09
20 horas
Chapecoense _ X _ Fluminense – Arena Conda
Vasco _ X _ Bahia – São Januário


SÉRIE B28ª RODADA

Terça – 18/09
19h15
Atlético GO 0 X 1 Juventude – Antônio Accioly

21h30
Londrina 2 X 0 Figueirense – Estádio Café

Sexta – 21/09
19h15
Goiás 2 X 2 Ponte Preta – Olímpico

20h30
São Bento 0 X 0 Boa Esporte – Walter Ribeiro
CRB 1 X 1 Coritiba – Rei Pelé

21h30
Fortaleza 2 X 0 Vila Nova – Castelão

Sábado – 22/09
16h30
Brasil 1 X 3 Oeste – Bento Freitas
Paysandu 1 X 1 Criciúma – Curuzu

19 horas
Guarani 1 X 0 CSA – Brinco Ouro
Avaí 3 X 1 Sampaio Corrêa - Ressacada

CLASSIFICAÇÃO


➤Rogério Furquim Werneck

Predileção por tutelados


Há um traço comum e insano nas duas candidaturas a presidente que agora lideram as pesquisas de intenção de voto. Tanto num caso como noutro, boa parte dos eleitores espera que, uma vez eleito e empossado, o candidato de sua preferência passe a governar sob a estrita tutela de outra pessoa.

No caso de Fernando Haddad, tal expectativa vem sendo estimulada de forma escancarada. Próceres do PT vêm anunciando que Lula será indultado no primeiro dia de governo. E dando força à ideia de que o ex-presidente passará a ocupar sala ao lado do gabinete presidencial, no Planalto. A menos, claro, que prefira que Haddad ocupe a sala ao lado.

Diante da péssima repercussão desse desvario, o candidato petista viu-se obrigado a esclarecer que Lula não será indultado. O que não impediu que Gleisi Hoffmann continuasse a insistir que Lula será solto em breve e “terá o papel que quiser no governo”.

O PT continua a martelar que votar em Haddad é votar em Lula. E que é isso que permitirá ao “povo ser feliz de novo”. O que vem sendo omitido, nesse novo engodo eleitoral, é que o povo deixou de ser feliz porque Lula permitiu que Dilma Rousseff lançasse o país no colossal atoleiro em que está metido, ao cometer o despropósito de alçá-la à Presidência da República.

O silogismo completo deveria ser outro. Haddad é Lula, e como Lula é Dilma, Haddad é Dilma. E não será com Haddad que o povo vai ser feliz de novo. Para se livrar desse entalo, o candidato petista tem-se agarrado a uma narrativa descaradamente desonesta, que retoma a mentira do estelionato eleitoral de 2014 no ponto exato em que Dilma a deixou.

A brutal crise econômica deixada pelo PT não teria decorrido dos monumentais erros de Dilma, mas de uma conspiração do PSDB e do PMDB, que teria inviabilizado seu segundo mandato. O mais preocupante é que, irredutível como está na negação dos erros de Dilma, Haddad mostra-se pronto a voltar a cometê-los, ao adotar um programa de governo que parece ter saído do mesmo laboratório em que foi concebida a desastrosa “nova matriz macroeconômica”. Tampouco há disposição da parte de Haddad de reconhecer os erros que acabaram deixando o PT no centro da Lava-Jato e operações similares.

É notável que, no extremo oposto do espectro político, eleitores de Jair Bolsonaro também acalentem a ideia de eleger um presidente que governe sob tutela. Esperam que, despreparado como é, o candidato seja rigorosamente tutelado por Paulo Guedes.

É preciso ter em conta que não há entre Bolsonaro e Guedes a relação de abjeta submissão que se observa entre Haddad e Lula e, sim, um precário casamento de conveniência, que deixa amplo espaço para dúvidas sobre a real ascendência que o economista poderá ter sobre o capitão.

O problema é que, no sinistro entorno de Bolsonaro, há muito mais gente querendo fazer a cabeça do capitão, e com ideias bem mais condizentes com as que o candidato sempre defendeu em três décadas de atuação no Congresso.

Até agora, a candidatura de Bolsonaro vinha tirando bom proveito do que talvez tenha sido a maior fake news da atual campanha presidencial: o mito de que Guedes deteria a fórmula mágica de um bombástico programa de ajuste fiscal instantâneo que permitiria zerar o déficit primário do governo já em 2019.

Mas a informação de que, em meio ao desespero de tentar entregar o prometido, Guedes estaria contemplando até a recriação de uma fantasmagórica e avantajada CPMF teve efeitos devastadores sobre essa mistificação. Deixou pouco espaço para autoengano entre os que ainda se recusavam a perceber que o tal programa simplesmente não existe. Bolsonaro e sua turma já se deram conta disso. O que ainda não se sabe é como esse choque de realidade afetará sua relação com Guedes.

Seja como for, eleitores que vinham tentando se convencer de que o despreparo de Bolsonaro não importa, por que estará pilotado por Paulo Guedes, começam afinal a perceber o flagrante despropósito de tal racionalização.

Portal O Globo

➤OPINIÃO

Um apelo tardio

João Domingos

A carta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na qual ele faz um apelo à união das candidaturas de centro para deter a “marcha da insensatez”, parece ter vindo tarde demais. Faltam apenas 15 dias para o primeiro turno da eleição. Uma virada agora, se não impossível, parece pouco provável quando se leva em conta o resultado das pesquisas sobre intenção de voto. Mesmo que as pesquisas sirvam apenas como parâmetro para as campanhas, pois quem decide eleição é o eleitor, suas projeções de resultados são feitas em bases científicas. Não dá para desconhecer que a situação do centro é ruim. 

Levando-se em conta a liderança que tem, o poder de convencimento de sua famosa lábia e a defesa que faz da democracia, é de se lamentar que Fernando Henrique tenha demorado para levantar essa bandeira. Desde antes de junho, quando foi lançado o manifesto “Por um polo democrático e reformista”, todo mundo já tinha uma ideia de que poderia haver uma polarização da eleição pelos extremos. 

Se errou ao demorar a fazer o apelo pela união do centro, Fernando Henrique errou também ao sugerir, pelo Twitter, que a liderança do processo seja entregue a Geraldo Alckmin, que é de seu partido. Isso fez com que logo a candidata da Rede, Marina Silva, respondesse a ele pela mesma rede social: “Ninguém chama para tirar as medidas com a roupa pronta.” Ciro Gomes, do PDT, que como Fernando Henrique foi ministro da Fazenda de Itamar Franco, está em melhor situação do que Geraldo Alckmin nas pesquisas sobre intenção de voto. Se fosse pelo critério de melhor posição, poderia ser ele o escolhido. Nesses casos, é preciso trabalhar com a realidade do momento, diz o pragmatismo político. 

A necessidade de se conter a “marcha da insensatez” à qual Fernando Henrique se refere foi reforçada ontem por um manifesto de intelectuais do PSDB. Eles também defenderam a formação de uma força-tarefa para tornar Geraldo Alckmin competitivo. O que passa a ideia de que, tudo bem, deve-se fazer a união do centro, mas a força hegemônica é o PSDB. Difícil atrair apoios assim, em que a negociação se dará em cima de algo que já está decidido.

Portal Estadão – 22/09/2018