Ao passar pelas avenidas e
ruas, hoje bem cedo, fiquei matutando sobre o que deverá ocorrer em termos de
alianças para o segundo turno, já que Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad
(PT) estarão na disputa.
Falando nisso, o que mais
se ouviu, depois do impeachment de Dilma, foi petistas chamando emedebistas,
tucanos, e outros, de golpistas. Nenhum discurso de qualquer deputado federal,
estadual, senador, dirigente do PT relevou o fato de que decretar o impeachment
de um presidente é da democracia. Para eles, o que foi tramado foi um golpe
contra as instituições, mesmo que eles mesmos tenham votado na chapa composta
por Dilma e Temer.
Nas ruas e avenidas, nas
paredes, nos muros, nas pichações que tornam imunda a cidade, o que se vê é
FORA TEMER, escrito bem grande. Nos discursos, Fora Temer, Golpe, Golpistas e
Lula Livre, é o que mais se ouviu desde que Dilma foi mandada embora com seus
direitos políticos garantidos por manobra de Ricardo Lewandowski e Renan
Calheiros. Tanto que disputou, e perdeu, a eleição para o senado por Minas
Gerais.
Pois agora, quando está
aberto o caminho para pedidos de apoios eleitorais, é hora de verificar quem
tem ideologia, quem tem consciência política, quem tem vergonha na cara para
manter o discurso. E não adianta querer dizer que existem partes boas e ruins
entre determinados adversários. Fosse assim, os discursos e as pichações
salientariam isso. Nunca salientaram
O que resta a todos nós
observar, é se agora os emedebistas e tucanos, principalmente, deixarão de ser
golpistas, se o PT terá coragem de pedir votos para quem defendeu o impeachment
de Dilma e apoiou a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro.
Gostando ou não de
Bolsonaro, odiando ou não o PT, devemos ficar atentos ao desenrolar das
alianças. Em nome de nada se justificará qualquer solicitação de apoio a
golpistas, traidores da democracia e coisas parecidas.
No segundo turno da eleição
presidencial, fica absolutamente clara a disputa entre GOLPISTAS X PT. Sem
subterfúgios, sem enrolação, sem justificativas, tanto para um lado como para
outro.
Está mais do que na hora
de saber quem tem ideologia, quem tem sangue nas veias, quem terá vergonha de
estar no mesmo palanque, de dividir espaço com quem foi condenado a ser chamado
de tudo, muitas vezes para defender o que muitos consideram indefensável, em
ambos os lados.
Para quem votou nele e apoia Bolsonaro, é obrigação ser contra o PT e Haddad.
Para quem votou nele e apoia
Haddad, é obrigação ser contra os golpistas identificados com Bolsonaro.
Ou será que esquecerão o
ódio e o golpe?
É como penso!
Machado Filho
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