Finalmente termina hoje a
propaganda política gratuita (?) no rádio
e na televisão. Agora só se houver segundo turno para ter que desligar o rádio
nos horários reservados ao espaço político. Na televisão existe a solução dos
canais pagos que nos livram da tortura.
Hoje, mais uma vez, vim
para o Centro com o rádio do carro desligado. É impossível ouvir candidatos falando
as mesmas coisas, fazendo as mesmas promessas e repetindo críticas, como
sempre. Alguns nem sabem o que estão falando e outros não sabem nem dizer, mas
falam e dizem.
Brinco sempre com minha
mulher perguntando se ela não vai ligar o rádio para ouvir candidatos
repetirem: “pela segurança, pela saúde, pela educação, vote em fulano de tal”
Acho, sinceramente, que
não existe nenhum candidato que não prometa que vai lutar por mais segurança
nas ruas, por mais hospitais e melhor atendimento para a saúde, que vai trabalhar
por mais escolas e por uma educação que prepare nossas crianças para o futuro.
Todos, ou quase todos, repetem a mesma coisa, mas nunca fazem o que prometem.
Ainda bem que poucos são
os eleitos, mas é lamentável que muitos outros sejam reeleitos.
Quando chegam na
Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, urgentemente tratam de nomear seus
assessores, de escolher um bom gabinete, de saber o quanto ganharão de diárias,
que despesas podem fazer e, é claro, qual o salário que receberão por quatro
anos, no mínimo.
Alguns ensaiam um arremedo
de luta por segurança, por saúde e educação. A maioria usa os temas para, sendo
de oposição, criticar o governo e, sendo de situação, defender o governo.
Solução que é bom, jamais.
Repetem o mesmo discurso do horário gratuito (?) e falam para suas bases que
estão trabalhando para cumprir as promessas de campanha.
Temos muitos casos típicos
e clássicos de políticos que criaram um feudo eleitoral em determinados
setores, e se dizem defensores intransigentes dos direitos de alguns. Aqui no
RS tem o caso clássico de um candidato que se diz defensor dos aposentados, que
só faz projeto que sabe que não será aprovado e se mantem, não sei há quantos
anos, como congressista. Não faz nada pelos aposentados, mas segue jurando que
é defensor dos aposentados e muitos aposentados acreditam e votam nele. Fazer o
que?
Ainda bem que termina
hoje, pelo menos até o segundo turno, caso aconteça. Ainda bem que serão só
dois e que muitos que prometeram “pela segurança, pela saúde e pela educação”
só voltam na próxima eleição. Aliás, tem candidato de todas as eleições.
Conheço alguns que nunca passaram de 100 votos, mas são candidatos.
A partir de hoje, pela
liberdade de ligar o rádio, de assistir televisão sem ter que aguentar algumas
figuras que vou te contar.
E não precisa votar em
mim, pois não sou candidato!
É como penso!
Machado Filho
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