Prometi
para mim mesmo que não comentaria sobre o atentado contra o candidato Jair
Bolsonaro, por mais que repudie e considere um crime violento contra a democracia,
a pobre democracia brasileira.
Desde
a tarde em que Bolsonaro foi esfaqueado e o bandido preso imediatamente, passei
a acompanhar as reportagens e os comentários feitos por muitos nas redes
sociais. E somente depois de ler muito, ouvir muito, ver muito, é que decidi escrever,
uma única vez, sobre os fatos ocorridos e que resultaram, dizem os médicos, em
ferimentos graves sofridos pelo candidato.
É humanamente impossível entender certos comentários raivosos, furiosos até,
contra quem foi atingido. Buscam toda e qualquer explicação para destilar o
mesmo ódio que o esfaqueador, ou quem mandou esfaquear, manifestou contra
Bolsonaro. Alegam, alguns, que quem só fala em violência, como se fosse o caso,
gera violência. E acabam vendo no fato a justificativa para suas postagens e
seus comentários, quem sabe, muito mais violentos contra a vítima. Acho que
preferiam que Bolsonaro estivesse morto e o dito “maluco” esfaqueador,
glorificado em público.
Alguns,
podem acreditar, chegam a postar que é tudo fake, que o pano que cobria a
ferida de Bolsonaro sendo levado ao hospital, não mostrava uma única mancha de
sangue. Provavelmente considerem que todo o procedimento cirúrgico, sua ida
para um hospital paulista, foi encenação e que somente eles estão com a razão.
Pobres coitados que acreditam naquilo que pensam ser verdade, assim como devem
acreditar em todas as mentiras já contadas.
Pessoas
que até então considerava inteligentes, escrevem as maiores barbaridades e
defendem aquilo que a maioria considera indefensável. Acham, em suas mentes
poluídas, que esse é o momento para escrever o que pensam, sem saber o que
pensam. Dizem que são contra quem prega a violência e, ao mesmo tempo, defendem
os mais violentos.
Esquecem,
provavelmente por interesse pessoal, que o autor da facada em Bolsonaro, foi
imediatamente preso. Não falam na possibilidade de que o débil mental que desferiu a
punhalada, possa ser um pau mandado, alguém que fez o que muitos buscam, mas
não encontram coragem para fazer. Aliás, coisa que já se viu muito no Brasil.
Quem
matou ou mandou matar Celso Daniel? Quem
mandou atirar nos ônibus da caravana de Lula? Quem mandou matar Eduardo Campos?
Quem mandou matar Ulisses Guimarães? Quem mandou matar Marielle?
Todos
os casos mencionados permanecem insolúveis, ou com desculpas que todos sabemos fracas
e sem noção. Os autores jamais apareceram, embora tenham se passado muitos
anos.
É
diferente o caso do atentado contra Bolsonaro já que o autor foi imediatamente
preso, confessou e foi considerado um alienado.
Confesso,
entristecido, que jamais li ou ouvi qualquer um dos comentaristas que vomita
sua raiva política e ideologicamente, falar ou escrever sobre qualquer um dos casos mencionados,
a não ser para criticar as autoridades que não tomaram providências para
encontra os autores.Não
são dois pesos e duas medidas?
Como
disse no começo, é meu único e definitivo comentário sobre o assunto. Desculpem,
mas não quero estar misturado aos irracionais que tentam transformar uma
tentativa de assassinato, em questão pessoal e, o que é pior, política
interesseira. Estão querendo culpar a vítima.
Antes
que alguém queira pensar ou comentar, não sou eleitor do Bolsonaro, somente
entendo que um ser humano não pode ser esfaqueado por pensar ou agir
diferentemente do que pensamos ou fizemos!
É
o que penso!
Machado
Filho
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