segunda-feira, 10 de setembro de 2018

➤É o que penso!

Irracionais


Dificilmente falo em futebol nos comentários que faço aqui. Acho que torcer por um ou outro time, é decisão individual. Cada um defende o clube que escolhe. Só que alguns exageram e esquecem que futebol é um esporte, que torcer faz parte da vida de muitos e que, olhando friamente, o futebol se transformou num negócio onde giram bilhões de dólares, euros, reais e não sei mais o que. Alguns jogadores, muitos treinadores, recebem quantias fantásticas, inimagináveis por profissionais do mais alto gabarito.

Logo aparecerão os que contestam tal versão ao afirmar que clube de futebol sobrevive de suas próprias rendas e, sendo particular, pode pagar o que bem entender. Não é bem assim.

As rendas só acontecem por investimentos de milionários que, por sua vez, ganham cifras bilionárias apostando em craques (?) ou treinadores diferenciados. Pelo menos no julgamento deles. O resto vem do pagamento de mensalidades ou da venda de ingressos, pagos por pessoas do povo, torcedores que vivem de salários que podem ser considerados miseráveis perto da fortuna que ganham jogadores e treinadores.

Escrevi tudo isso para lembrar os episódios ocorridos depois do GreNal de ontem (09) vencido pelo Internacional. Lembrar, principalmente, do que aconteceu depois do apito final, dentro e fora do campo de jogo.

Jogadores, dos dois lados, começaram um episódio que deveria, no máximo, ficar limitado ao que ocorreu dentro do campo. Dirigentes teriam que impedir que o episódio prosseguisse, pois é tristemente comum assistir cenas lamentáveis de atletas partindo para a agressão verbal ou, o que é pior, para agressões físicas.

O que ocorreu após o GreNal de ontem, que pena, não foi assim. Foi muito pior, pois envolveu treinador e dirigentes, exatamente aqueles que devem manter a cabeça no lugar e tentar esfriar a cabeça de seus atletas. Parece que muitos estão com a cabeça muito mais quente. Os que têm, é verdade.

O treinador Renato, que estava de aniversário, que chamou o Inter de “time pequeno” após o empate no primeiro GreNal do brasileirão, concedeu uma lamentável entrevista depois da partida. Se confessou “um gentleman” e buscou desmentir a versão de que tentou entrar no vestiário do adversário para ofender, mas sim cumprimentar os vencedores.  Vídeos e fotos mostram exatamente o contrário. Não sei se dirigentes, seguranças ou torcedores, mas muitos colorados participaram do episódio. Fazer o que?

Na Arena, ou em algum lugar, a estátua em homenagem a ele segue sendo preparada para uma homenagem, ainda em vida, para lembrar conquistas muito bem pagas. É a profissão dele, é obrigação ganhar, embora muitas vezes não ganhe nem sempre por culpa dele. Não falou nada em futebol, apenas “fustigou” o adversário tentando usar palavras que provavelmente nem saiba o que significam.

Odair Hellmann, um quase novato na profissão, que enredou o mais antigo em esquemas táticos pelo menos nos dois grenais do brasileirão, é o que diz a imprensa, limitou-se, apropriadamente, a comentar o jogo. Briga de jogador é para ficar dentro das quatro linhas.

Nem vou comentar as palavras do presidente do Grêmio que afirmou alto e bom som, que seu clube “foi desrespeitado pelo adversário”. Deve ter esquecido que chamar o outro time de “pequeno” foi obra de seu treinador que vai virar estátua, com a participação dele.

Que triste! Assim é o futebol. Hoje milhares de pessoas estão postando nas redes sociais, muitos tentando ofender, agredir adversários  esquecendo que o que deve ser um esporte, está sendo transformado, por eles, em verdadeira batalha, dentro e fora das quatro linhas. Realmente lamentável.

Uma sugestão: querem demonstrar seu amor pelo clube, vistam a camisa tricolor ou a vermelha, e saiam pelas ruas, mas sem brigas, por favor.

É o que penso!

Machado Filho

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