Foto: VEJA/Reprodução |
Deram em nada os esforços
do PT para chegar nos trinques às vésperas do início da próxima campanha
presidencial. Perdão! Sejamos justos com o PT: deram em nada os esforços de
Lula para chegar nos trinques. Porque o PT limitou-se como sempre a obedecer às
suas ordens.
Lula entregou-se à polícia
convencido de que sua passagem pela prisão seria breve. Quando muito, poderia
ser solto antes mesmo das eleições. Se não fosse preso ficaria em casa,
influindo com mais liberdade nos destinos da escolha do sucessor de Temer.
Se nada disso fosse
possível, pelo menos no cárcere concederia entrevistas e até gravaria vídeos a
irem ao ar nos programas de propaganda eleitoral do candidato a ser abençoado
por ele – um boneco que dissesse “Lula sou eu e eu sou Lula. Se eleito, farei o
que ele mandar”.
Nada disso deu certo. Do
cárcere não sairá tão cedo. “Por que sairia? Só por que é Lula?” – perguntou,
ontem, um ministro do Supremo Tribunal Federal numa roda de conversa com
amigos. Está proibido de dar entrevistas e de gravar vídeos de campanha.
Foi incapaz de unificar a
esquerda em torno do seu nome como desejava. Por suas palavras e obras, deixa
uma legião de feridos dentro e fora do PT. Dentro, por exemplo: Marília Arraes
em Pernambuco e José Pimentel no Ceará, o senador impedido de tentar se
reeleger.
Fora do PT, por exemplo:
Ciro Gomes (PDT), de quem subtraiu o apoio que o Partido Socialista Brasileiro
(PSB) lhe daria. O apoio significava mais 44 segundos de tempo de propaganda
para Ciro no rádio e na televisão. Se os 44 segundos não pudessem ser do PT que
não fossem de ninguém. Não serão de ninguém.
Lula livre e candidato dá
lugar a Lula preso e sem volta à Presidência da República.
Portal VEJA
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