O ex-prefeito de São
Paulo Fernando Haddad foi anunciado na
noite deste domingo (5) como vice na chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como
candidato à Presidência. Com o virtual impedimento de Lula pelo atual
entendimento da Lei da Ficha Limpa, Haddad se torna o “plano B” do PT, o
provável substituto em caso de rejeição da candidatura do ex-presidente pela
Justiça Eleitoral.
Oficialmente, Haddad
assume a condição de vice apenas para “representar” Lula até que a situação do
ex-presidente esteja juridicamente “regularizada”. Em discurso, a presidente do
PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a candidata a vice-presidente que estará na
urna em 7 de outubro é Manuela D’Ávila,
depois que, na última hora antes do final do período legal para convenções,
o PCdoB
aceitou retirar a candidatura de Manuela para ingressar na coligação
petista.
Ou seja, segundo o
discurso do PT, Haddad é vice apenas para ser o “candidato-tampão”,
participando de eventos, sabatinas e debates. Nos bastidores, no entanto, já é
dado como certo que Lula não conseguindo uma decisão judicial para participar
das eleições, o que é provável, Haddad assumirá a cabeça de chapa, com a
comunista como vice. O PCdoB aceitou o acordo diante da promessa pública de que
Manuela estaria na coligação ao final do prazo.
A pressa do PT, após o partido ter dito que não
anunciaria um candidato a vice, foi um entendimento de técnicos do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) de que as chapas e as coligações tem que estar
completas no final do prazo legal de convenções, que se encerrou às 0h de
domingo para segunda-feira (6). O PT não concorda com o entendimento, mas
preferiu não correr o risco de deixar o partido de fora das eleições.
“Nós entendemos que essa
movimentação de técnicos do TSE, não passou por ministros, é uma ação que foi
feita exatamente para colocar mais obstáculos à candidatura do ex-presidente
Lula. Lamentamos profundamente pela intervenção da Justiça Eleitoral na decisão
dos partidos políticos, mas nós não vamos dar nenhuma razão, nenhum motivo, para
que tentem impedir o ex-presidente Lula de ter seu registro em 15 de agosto, em
Brasília, com grande movimento popular”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann.
Portal VEJA
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