sexta-feira, 3 de agosto de 2018

➤ANÁLISE

O pensamento do Mola*

Um resumo simples, mas não tão breve...

Ou se vota no capitão Bolsonaro, no seu discurso populista típico e manjado - e na "direita" que nem sabe o que é ser de direita e quer mesmo é ser contra o PT do Lula, o que não condeno... -, ou se vota no novo poste de Lula e na esquerda lulopetista, responsável por um atraso de décadas no país com sua corrupção endêmica, ou se vota na Marina viajandona, ou se vota no Álvaro Dias - que, infelizmente, não tem base e fôlego... - ou se vota na Manuella, a comunista caviar que queria ser sócia do Veleiros do Sul, ou se vota no Coroné Ciro, um autoritário, destemperado e que troca de partido como troca de cueca...ou se vota no Novo do Amoedo, que não terá fôlego ainda, o que vai mudar nas eleições municipais... - devem ter outros por aí... - ou se vota no Alckmin e no Centrão fisiológico, negociador de cargos, que nunca sai do poder. Ou, a pior das piores opções, se vota em branco, nulo ou anula o voto. A omissão disfarçada de manifesto "contra tudo o que está aí". Este é o quadro. Fugir dele é enfiar a cabeça no buraco ou ficar de mimimi. 

Desde hoje, para mim, surge uma esperança: a senadora Ana Amélia Lemos. Esta mulher - que já começou a ser atacada com fotos descontextualizadas, jogo sujo, seja lá de quem for, mas até por pessoas que a elegeram senadora... - pode ser a grande articuladora política de um governo de centro, que seja parte do processo de transição menos traumático para o país. Que é o que precisamos. Diminuindo a influência de figuras canalhas nas duas Casas. Utopia? Talvez! Mas eu acredito que ela fará disto sua grande missão se chegar à vice-presidência. Espero que consiga.

Pessoal, estamos na beira de um abismo institucional, de um confronto que pode descambar pruma situação extremamente perigosa para todos. Para nós, nossos filhos, nossos netos, para o  País. Vocês se deram conta do que seria um confronto desta ordem? Não adianta ficar com raiva, destilar ódio. Há que se olhar mais para frente. Empatar um jogo hoje pode, com outras vitórias a seguir, nos garantir o campeonato...

Outra coisa. Lugar de milico é no quartel! Chamá-los é perda de tempo... Parem com isto! Eles não querem se intrometer. Já os vi nas ruas, naqueles tempos difíceis e delicados, e não gostei... Não uso a expressão ditadura militar, pois aquilo de 64 foi um movimento para evitar outra ditadura - a do "proletariado -, mas vivi aqueles anos - parte deles como jornalista limitado pela censura - e eles foram complicados. Muito complicados. 

Vejo pessoas corretas e sérias se dizendo decepcionadas com a senadora, que tinha a reeleição na mão e resolveu encarar o desafio de tentar ser uma referência ética, honesta e coerente neste lamaçal que tomou conta há décadas da política brasileira. Ela pode vir a ser a articuladora não-fisiológica dentro do Congresso, pois é respeitada por seu passado como jornalista e seu presente como política. É séria, honesta, uma patriota.  Não fecha nem com a direita, tampouco com a esquerda. Com os "radicais", pois tem entre seus admiradores gente de ambos os lados.

Ficar reclamando, repetindo choradeiras e "e se..." de nada adianta. Este é o quadro. Estas são as opções. O resto são divagações infrutíferas e correr o risco de nos deixarmos empurrar ainda mais pro fundo do buraco. Vou ouvir a todos que quiserem se manifestar, mas com respeito e alto nível.

Certamente vou aprender com bons argumentos. Não sou, nunca fui, um sectário. Mas, peço desculpas antecipadamente, não irei discutir as minhas opiniões, pois sei que a coisa está fervendo e o pessoal precisa esfriar a cabeça... Contudo, vou deletar comentários desrespeitosos e grosseiros. Eles levam a nada!

*Nelson Matzenbacher Ferrão (Mola)
Jornalista

Obs: Estou publicando o texto que o Mola postou no Facebook. Não pedi licença, mas sei que, democraticamente, ele aceitará que sua análise correta, simples, cheia de verdades, seja dividida entre todos os meus leitores, embora os dele sejam muitos.
Grande abraço, Mola, meu ídolo!

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