Helton Yomura e o deputado
Nelson Marquezelli (PTB-SP) são alvo da 3ª fase da operação Registro Espúrio;
pedido de afastamento feito pela PF e PGR foi aceito pelo ministro Edson
Fachin, relator do caso na corte.
O ministro do Trabalho
Helton Yomura é um dos alvos da terceira fase da operação Registro Espúrio.
Além de ser alvo de busca e apreensão, a Polícia Federal e a Procuradoria-geral
da República pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Yomura
do ministério. A medida foi aceita pelo ministro Edson Fachin, relator do caso
na corte. A
PF cumpre mandado de busca no gabinete do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP).
A ação é um desdobramento
da operação Registro Espúrio que investiga desvios no Ministério do Trabalho
relacionados à concessão do registro sindical. Yomura é apadrinhado político do
ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada Cristiane
Brasil (PTB-RJ), ambos foram alvos das primeiras fases da Registro Espúrio.
Dep. Nelson Marquezelli (PTB-SP) |
A terceira fase da
Operação Registro Espúrio, segundo a PF, tem como objetivo de “aprofundar as
investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão
fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.”
No total, estão sendo
cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão
temporária, expedidos pelo STF. Os mandados são cumpridos em Brasília e Rio de
Janeiro.
Além das medidas
cautelares de busca, a pedido da PGR serão impostas aos investigados medidas
cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e
de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta, bem como a
suspensão do exercício do cargo, como no caso do ministro do Trabalho.
“As investigações e o
material coletado nas primeiras fases da Operação Registro Espúrio indicam a
participação de novos atores e apontam que importantes cargos da estrutura do
Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os
interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas
praticadas na pasta”, diz nota da PF.
Agência Estado
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