Um político condenado por
corrupção a 12 anos e um mês de cadeia, preso há mais de 60 dias, e sem
esperança de ser libertado tão cedo, declara-se candidato a presidente da
República e diz que nada o impedirá de ser – nem mesmo a lei sancionada por ele
no passado.
Um ex-governador do
segundo mais importante Estado do país, preso e condenado a penas que somadas
passam de 100 anos, simula arrependimento e atribui seus erros à vaidade. Mas
continua negando que recebeu propina. Tudo não passou de caixa dois.
Quatro vezes governador do
Estado locomotiva do país, candidato a presidente da República pela segunda
vez, o mais ilustre filho de Pindamonhangaba alega que não cresce nas pesquisas
de intenção de voto porque o eleitor só liga para a Copa e o Dia dos Namorados.
A ser assim, a campanha a
ter início em final de agosto enfrentará nos 30 dias seguintes a forte
concorrência de datas capazes de atrair a atenção do eleitor. Celebra-se a
Semana da Pátria a partir do dia 1º, o Dia do Gordo no dia 10 e o início da Primavera
no dia 23.
Não bastasse – e este é o
país dos excessos -, o presidente da República finge que preside e o governo
que governa. Salva-se o Congresso que cansou de fingir que legisla. Quer dizer:
legisla em causa própria e emergirá das urnas com a mesma cara que tem hoje.
Portal VEJA
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