Laurence C. Lourenço |
Tudo indica que vem aí
mais um embate entre Gilmar Mendes, o ministro do Supremo com longo histórico
de concessões de habeas corpus à turma do colarinho branco, e a juíza que
resolveu levar a sério os tentáculos suspeitos da Lava Jato em São Paulo.
Estranhamente, há quatro
anos as investigações no Estado pareciam adormecidas nas gavetas burocráticas
de gabinetes oficiais.
Foi Maria Isabel do Prado,
da quinta vara federal de São Paulo, que começou a pôr o dedo na ferida com as
prisões de Paulo Preto, rapidamente revogados por você sabe quem.
Ontem, a mesma juíza mandou prender outro peixe grande do tucanato paulista, muito mais próximo do candidato Geraldo Alckmin do que Paulo Preto.
Veja explicou isso muito bem há apenas duas semanas. Se você ainda não leu, vale muito a pena, porque é pra lá de esclarecedora.
E triste.
Mostra que as negociações para a candidatura do PSDB vão de mal a pior: “Ao PR, com amor – Acerto leva tucanos a “entregar” a Dersa à sigla do mensaleiro Valdemar. A saída de Laurence Casagrande Lourenço da Dersa e da Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo foi um acerto político para dar ao PR espaço para povoar a pasta que comanda a estatal rodoviária.”
Tá bom pra você?
Bem, Lourenço Casagrande está dormindo na cadeia desde ontem.
Como lembrei também aqui em abril, o ex-governador de São Paulo certamente terá argumentos muito parecidos com os de Dilma, que não sabia de nada, ou mesmo com os de Lula, a alma mais honesta do Brasil, quiçá do mundo.
Procurado imediatamente pela imprensa, Alckmin divulgou a previsível nota de sempre.
Maria Isabel é a Bretas
que todo paulista honesto desejava, para que a roubalheira endêmica nos cofres
públicos apenas começasse a ser enfrentada.
Cofres estaduais e
municipais.
Publicado no portal da Revista VEJA em 22/06/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário