O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) negou
o último recurso do ex-governador do estado Eduardo Azeredo (PSDB) contra a sua condenação a vinte
anos e um mês pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no processo
conhecido como “mensalão tucano”. O TJ-MG decidiu decretar a prisão imediata do
ex-governador de Minas Gerais.
Na sessão desta terça-feira 22, os cinco desembargadores
da 5ª Câmara Criminal julgaram não acolher os embargos de declaração
apresentados pelo tucano contra a decisão do último dia 24 de abril, quando sua
condenação foi mantida por 3 votos a 2. Os cinco votaram de forma unânime
contra o tucano e a favor do mandado de prisão.
A prisão do tucano já havia sido pedida pelo procurador
de Justiça Antônio de Padova Marchi Júnior na sessão anterior, utilizando como
exemplo o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7
de abril em Curitiba. No caso do petista, o Supremo Tribunal Federal (STF)
negou habeas corpus contra a prisão após o fim dos recursos em segunda
instância.
O chamado “mensalão mineiro”, segundo denúncia do
Ministério Público, foi um “esquema de desvio de recursos do governo mineiro,
operado pelo empresário Marcos Valério de Souza, para financiar a campanha à
reeleição do ex-chefe do Executivo (Azeredo), em 1998”.
Além do cabeça de chapa, o candidato a vice naquela
eleição, o ex-senador Clésio Andrade (MDB), também foi
condenado – até o momento apenas em primeira instância –, à
pena de cinco anos e sete meses de prisão em regime semiaberto, pelo crime de
lavagem de dinheiro.
Revista VEJA
Nenhum comentário:
Postar um comentário