quinta-feira, 24 de maio de 2018

➤GREVE DOS CAMINHONEIROS

Reflexos após 4 dias de paralisação


Combustíveis em falta

Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), já foram registrados casos no Rio de Janeiro, cidades do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

Mas outros estados também registraram o problema, como Minas Gerais e Tocantins. No Mato Grosso, por exemplo, a falta de combustíveis afetou o transporte escolar em Primavera do Leste, onde a prefeitura decidiu suspender o serviço de algumas escolas.


Já no Recife, houve redução no número de ônibus em circulação, enquanto foram registrados atrasos em linhas de cidades de São Paulo.

Há ainda um alerta sobre os combustíveis para aviões. Segundo a Infraero, 5 aeroportos no Brasil têm combustível suficiente para operar somente até esta quarta-feira, enquanto outros 6 têm para, no máximo, dois dias.

Distrito Federal


O aumento do preço dos combustíveis e a paralisação dos caminhoneiros geraram correria de motoristas atrás dos postos do Distrito Federal, que passaram a “ostentar” uma fila extensa. Além de ter menos gasolina nas bombas, o pouco que ainda resta está com o preço alto: o litro chegou a R$ 9,99 na madrugada desta quinta-feira (24).

O litro “recordista” flagrado pela TV Globo é de Águas Claras. “Todos que estavam na fila abasteceram a esse preço”, contou o servidor público Alex Nunes.

Gás de cozinha

E a paralisação preocupa outro setor: o de gás de cozinha. O sindicato que representa a categoria disse que a situação pode piorar. No entanto, não há previsão de reajuste no preço do gás.

 “Desde ontem hospitais, presídios, shoppings: as companhias não conseguiram fazer os abastecimentos que já estavam programados”, afirmou o presidente do sindicato das empresas, Sérgio Costa.

Supermercados desabastecidos

O movimento dos caminhoneiros também tem provocado falta de produtos nas prateleiras dos supermercados em diversos estados. “Isso poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, se algo não for feito”, disse a entidade em nota.

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), foram registrados até a tarde desta quarta casos de desabastecimento em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo.

No Rio de Janeiro, a falta de produtos já começou a impactar os preços, com o valor de um saco de batata chegando a R$ 500 na Ceasa. Em Juiz de Fora (MG), uma rede de supermercados colocou cartazes em várias lojas avisando sobre a possibilidade de falta de alguns produtos.

Na Ceagesp, em São Paulo, os carros estão vazios ou parados, enquanto funcionários ficam à espera de serviço. Os boxes estão com caixas vazias, pois, desde terça-feira (22), não chega mercadoria. A companhia confirmou, por meio de nota, que a greve dos caminhoneiros está afetando o abastacimento e que "alguns produtos começam a ter problemas na oferta/chegada".

Portal G1

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