Empresas aéreas começaram
a adotar planos de contingência para amenizar os impactos da greve dos caminhoneiros, que entrou no quarto
dia nesta quinta-feira e levou a uma restrição no
abastecimento de combustíveis em aeroportos brasileiros.
A Latam informou que
flexibilizou as regras de remarcação para amenizar os impactos aos passageiros.
Desta forma, a empresa ofereceu aos passageiros isenção da cobrança de taxa de
remarcação da passagem para nova data à escolha do cliente, sem multas, em voos
domésticos com partidas, chegadas ou conexões programadas para os aeroportos de
Aracaju, Brasília e Recife nos dias 23 e 24 de maio.
A Gol enviou comunicado
aos clientes na noite de quarta-feira recomendando que os passageiros
verificassem a situação dos voos antes de se descolarem aos aeroportos. A
empresa disse que está aplicando medidas de contingência em toda operação,
“mantendo as ações necessárias para minimizar os impactos aos seus clientes”.
Segundo a Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), há problemas de abastecimento
de combustíveis nos aeroportos de Brasília e de Congonhas devido à paralisação
dos caminhoneiros, que protestam para cobrar uma redução no preço do óleo
diesel.
Produtores descartam milhões de litros de leite
Produtores de leite de
todo o País sentem os efeitos da greve dos caminhoneiros e
veem milhões de litros serem descartados. Na região de Passos, no Sul de Minas
Gerais, mais de 500 mil litros já foram jogados fora porque, com a falta de
transporte o produto se perde em pouco tempo e não há como utilizá-lo.
Nas proximidades, caminhões
seguem parados em mais de 20 rodovias, porém, os protestos afetam também outras
regiões do estado, caso do Sudoestes Mineiro, onde 150 mil litros serão
descartados nesta quinta-feira, 24. Segundo a Associação dos Produtores de
Leite, a situação gera "sentimentos de tristeza, indignação e revolta com
nossos governantes".
A entidade explicou em
nota que o alimento será descartado como chorume nas fazendas, "enquanto
tantas pessoas necessitam dele, pois somos proibidos de doá-lo sem que seja
pasteurizado". Para piorar, além de jogar o leite fora, produtores dizem
que o risco é grande de começar a faltar ração para os animais.
Em outros estados, o problema
também é sentido. No Rio Grande do Sul, o Sindicato da Indústria de Laticínios
estima que 4 milhões de litros já deixaram de ser captados devido ao movimento
dos caminhoneiros. No Mato Grosso do Sul, que soma 24 mil produtores, a falta
de transporte também ocorre e eles dizem que começarão a descartar o produto.
No estado são mais de 30 pontos de bloqueios nas rodovias.
Agência Estado
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