quinta-feira, 24 de maio de 2018

➤GREVE DOS CAMINHONEIROS – 2

Companhias aéreas adotam planos de contingência
     

Empresas aéreas começaram a adotar planos de contingência para amenizar os impactos da greve dos caminhoneiros, que entrou no quarto dia nesta quinta-feira e levou a uma restrição no abastecimento de combustíveis em aeroportos brasileiros.

A Latam informou que flexibilizou as regras de remarcação para amenizar os impactos aos passageiros. Desta forma, a empresa ofereceu aos passageiros isenção da cobrança de taxa de remarcação da passagem para nova data à escolha do cliente, sem multas, em voos domésticos com partidas, chegadas ou conexões programadas para os aeroportos de Aracaju, Brasília e Recife nos dias 23 e 24 de maio.

A Gol enviou comunicado aos clientes na noite de quarta-feira recomendando que os passageiros verificassem a situação dos voos antes de se descolarem aos aeroportos. A empresa disse que está aplicando medidas de contingência em toda operação, “mantendo as ações necessárias para minimizar os impactos aos seus clientes”.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), há problemas de abastecimento de combustíveis nos aeroportos de Brasília e de Congonhas devido à paralisação dos caminhoneiros, que protestam para cobrar uma redução no preço do óleo diesel.

Produtores descartam milhões de litros de leite


Produtores de leite de todo o País sentem os efeitos da greve dos caminhoneiros e veem milhões de litros serem descartados. Na região de Passos, no Sul de Minas Gerais, mais de 500 mil litros já foram jogados fora porque, com a falta de transporte o produto se perde em pouco tempo e não há como utilizá-lo. 

Nas proximidades, caminhões seguem parados em mais de 20 rodovias, porém, os protestos afetam também outras regiões do estado, caso do Sudoestes Mineiro, onde 150 mil litros serão descartados nesta quinta-feira, 24. Segundo a Associação dos Produtores de Leite, a situação gera "sentimentos de tristeza, indignação e revolta com nossos governantes".

A entidade explicou em nota que o alimento será descartado como chorume nas fazendas, "enquanto tantas pessoas necessitam dele, pois somos proibidos de doá-lo sem que seja pasteurizado". Para piorar, além de jogar o leite fora, produtores dizem que o risco é grande de começar a faltar ração para os animais.

Em outros estados, o problema também é sentido. No Rio Grande do Sul, o Sindicato da Indústria de Laticínios estima que 4 milhões de litros já deixaram de ser captados devido ao movimento dos caminhoneiros. No Mato Grosso do Sul, que soma 24 mil produtores, a falta de transporte também ocorre e eles dizem que começarão a descartar o produto. No estado são mais de 30 pontos de bloqueios nas rodovias.

Agência Estado

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