Temer anuncia plano de segurança
O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira em
pronunciamento que requisitou as forças de segurança para desbloquear as
estradas e pediu aos governadores que façam o mesmo. Afirmou que está acionando
um plano de segurança.
“Não vamos permitir que a população fique sem gêneros de
primeira necessidade”, disse, enumerando ainda problemas em hospitais e
abastecimento de gêneros alimentíceos. “Quem age com radicalismo está
prejudicando a população”.
“O governo teve a coragem de negociar. Agora o governo
terá a coragem de exercer sua autoridade”, afirmou Michel Temer ao final de seu
breve pronunciamento.
Ele elencou os pontos em que o governo cedeu às
reivindicações dos caminhoneiros e afirmou que, a despeito do compromisso de
desobstruir as estradas imediatamente, uma “minoria radical” manteve os
bloqueios.
‘Governo tem que reprimir isso’, diz Gilmar
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes,
cobrou nesta seta, 25, do governo federal uma resposta do governo federal sobre
a paralisação dos caminhoneiros, informa o Broadcast Político.
“Um protesto, em princípio, pode ser legítimo. Agora, a
paralisação de rodovias, a interrupção, a ameaça à circulação de ir e vir das
pessoas é obviamente ilegal e o governo tem que reprimir isso com toda a ênfase
e usar também do aparato à disposição, a Procuradoria, a Justiça para que isso
não ocorra”, disse.
Caminhoneiros: greve ou locaute?
Diante da suspeita de que as transportadoras estão por
trás do movimento dos caminhoneiros e são as que mais ganharam com ele, não faz
sentido chamá-lo de “greve” ou de “paralisação”. O mais apropriado no caso
seria chamá-lo de locaute, uma prática proibida no Brasil, pelo protagonismo
desempenhado pelos empresários do setor em sua eclosão.
Apesar de os autônomos da categoria estarem na linha de
frente do protesto, eles prestam serviço às transportadoras. São elas,
portanto, que determinam o quanto eles receberão pela empreitada e que “botam pilha”
nos caminhoneiros, para evitar o reajuste nos preços dos fretes e o aumento dos
custos. A pergunta que fica é quem vai tomar as providências judiciais para
punir os reais responsáveis pela paradeira geral do País?
Patronato ri de ‘armistício mixuruca’
O patronato do setor de cargas no País é um dos maiores
beneficiários do “armistício mixuruca” feito pelo governo com os
caminhoneiros, afirma o jornalista Josias de Souza, no UOL.
“Numa evidência de que o patronato utilizou os
caminhoneiros como bonecos de ventríloquo, incluiu-se no acordo o compromisso
do governo de não permitir que o Congresso reonere a folha salarial do setor”,
observou.
Apertem os cintos, o governo sumiu
Primeiro, o governo subestimou o alcance da crise dos
combustíveis. Como se fossem invisíveis, o governo não enxergou o movimento que
os caminhoneiros organizavam e que colocou o País refém de suas vontades.
Agora, um acordo negociado pelos ministros por ordem de
Michel Temer é ignorado pelo movimento. Há risco de desabastecimento, rodovias
estão bloqueadas e os aeroportos estão entrando em colapso sem combustível. A
pergunta é: cadê o governo?
‘Caminho de Boulos é o da expropriação e o da violência’
O advogado Almir Pazzianotto Pinto, ex-ministro do
Trabalho e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), afirma,
em artigo
publicado pelo Estadão nesta sexta-feira,
25, que a crise que assola o País, vítima da corrupção, da incerteza
econômica, do desemprego, favorece a proliferação de demagogos.
Segundo ele, entre os presidenciáveis, destaca-se,
pela impetuosa fúria demagógica, Guilherme Boulos, líder do MTST e
pré-candidato do PSOL à Presidência. “Quem prestar atenção ao que ele diz,
perceberá que o caminho indicado é o da expropriação e da violência. Como todos
os demagogos populistas, debita ao governo a responsabilidade de dar o terreno,
construir a casa confortável, fornecer água, luz, telefone, alimentação, tudo
com o dinheiro de quem trabalha.”
Magno Malta não deve ser vice
O vice “dos sonhos” de Jair Bolsonaro parece que não vai
ser o senador Magno Malta (PR-ES), informa a Coluna do Estadão.
A prioridade no partido do condenado no mensalão Waldemar Costa Neto é com o
empresário Josué Gomes (PR), filho de José Alencar, o vice de Lula. Gomes é o
novo “outsider”
da política.
Malta havia imposto uma condição para ser vice de
Bolsonaro: que sua mulher, a cantora gospel Lauriete Rodrigues, disputasse a
vaga ao Senado.
Publicado no portal do Jornal Estado de São Paulo em 25/05/2018
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