Trump sugere armar professores contra ameaça de atiradores
Estudantes e parentes de vítimas do ataque que deixou 17 mortos na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na
Flórida, reuniram-se nesta quarta-feira, 21, na Casa
Branca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
e pediram leis mais rígidas para controlar a venda de armas de fogo.
Em resposta, Trump sugeriu armar e treinar professores e funcionários de
escolas.
“Estamos aqui porque minha filha não tem mais voz – ela
foi assassinada na semana passada, alvejada nove vezes”, disse Andrew Pollack,
pai de Meadow Pollack, de 18 anos, uma das 17 pessoas mortas na Marjory
Stoneman Douglas. “Quantas escolas, quantos filhos têm de ser baleados? Isso
tem de parar aqui.”
Por quase uma hora e meia, Trump escutou relatos e
opiniões, como a de Andrew Pollack, de parentes e vítimas da escola de Parkland
e também de vítimas do ataque de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999, e o
de Sandy Hook, onde 26 crianças e adultos foram assassinados em 2012.
Trump defendeu a ideia de armar professores e
funcionários para revidar a possíveis ataques. “Não pode existir uma área livre
de armas, porque, para um louco, isso é um convite para o ataque. Se você tiver
20% dos seus professores portando armas, ou ex-fuzileiros ou profissionais
treinados, trazidos de volta à ativa para trabalhar nessas escolas, o cenário
seria muito diferente.”
Ex-diretor da Dersa tinha R$ 113 milhões em contas na
Suíça
Uma offshore panamenha cujo beneficiário é o ex-diretor
da Dersa Paulo Vieira de Souza chegou a ter 35 milhões de francos em quatro
contas na Suíça em 2016. O valor, que à época equivaleria a R$ 113 milhões, foi
verificado nas contas em julho de 2016 mas, em fevereiro do ano passado, foi
transferido para contas em um outro banco, sediado nas Bahamas.
A informação foi passada pelo Ministério Público daquele
país a procuradores federais de São Paulo.
As informações motivaram a juíza federal Maria Isabel do
Prado a determinar, em outubro do ano passado, a quebra do sigilo bancário de
Vieira e o bloqueio de valores nas contas suíças.
Além disso, a juíza determinou que sejam repassados os
documentos referentes a todas as transações feitas nas contas desde a sua
criação.
A decisão estava em segredo de Justiça, mas a defesa do
ex-diretor da Dersa incluiu o documento em um pedido ao Supremo Tribunal
Federal (STF) para que a Corte suspenda o acordo de cooperação internacional
com o Ministério Público suíço.
De acordo com o Ministério Público Federal brasileiro, as
contas na Suíça foram abertas em 2007 pela offshore Groupe Nantes S/A, e os
valores eventualmente transferidos para contas no banco Deltec Bank and Trust
Limited, sediado em Nassau, nas Bahamas.
Os procuradores também apontaram que segundo, dados do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), Vieira movimentou
quantias superiores a R$ 2,5 milhões entre 2009 e 2010, "revelando
patrimônio incompatível com o cargo público ocupado".
Odebrecht entrega e-mails sobre terreno do Instituto Lula
Os advogados de Marcelo Odebrecht apresentaram nesta
quarta-feira (21) 21 e-mails trocados entre o empresário e funcionários da
empreiteira que, segundo eles, comprovam a negociação envolvendo a compra do
terreno para o Instituto Lula.
As mensagens eletrônicas estavam no computador pessoal de
Marcelo e foram selecionadas depois que ele passou a cumprir pena em casa.
Segundo a defesa do empresário, as mensagens reforçam o
que Marcelo afirmou na delação premiada a respeito da compra, pela Odebrecht,
do terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula, em São Paulo, em setembro de
2010. A obra nunca saiu do papel.
Em um desses e-mails, o ex-executivo da Odebrecht Paulo
Melo pede que o setor de propinas do grupo programe três pagamentos e solicita
que Marcelo os autorize.
Os mesmos valores aparecem na planilha Italiano,
relacionados à linha "prédio IL". De acordo com a Lava Jato, Italiano
é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci, que admitiu gerenciar
pagamentos ilícitos.
Na ação que investiga a compra do terreno, o juiz Sérgio
Moro já ouviu as testemunhas de defesa e de acusação e também todos os réus na
ação, incluindo o ex-presidente Lula. Não há data para que o juiz dê a sentença
do caso.
São Paulo e Amazonas receberão 530 refugiados
venezuelanos
O governo federal vai distribuir, dentro de duas semanas,
530 refugiados venezuelanos que estão atualmente abrigados em Roraima para
outros dois estados: São Paulo e Amazonas. A capital paulista vai receber 350
imigrantes, enquanto outros 180 serão encaminhados para Manaus.
O deslocamento não vai ocorrer imediatamente porque os
venezuelanos estão sendo vacinados contra sarampo e difteria, e o prazo para
que a imunização faça efeito é de duas semanas.
A medida foi anunciada nesta quarta-feira após a primeira
reunião do comitê de assistência emergencial criado pelo presidente Michel
Temer para tratar da crise humanitária envolvendo os venezuelanos refugiados. A
prefeitura de Boa Vista estima que cerca de 40 mil venezuelanos tenham entrado
na cidade ao fugir da crise econômica e política no país vizinho. O número
corresponde a mais de 10% da população local, de cerca de 330 mil habitantes.
Para os que continuam dormindo nas praças de Pacaraima,
fronteira com a Venezuela, e Boa Vista, capital de Roraima, o governo anunciou
a construção de centros de apoio e triagem. Cada um terá a capacidade de
receber 1,5 mil pessoas.
Exército encontra 48 celulares em presídio do Rio
A população aguardava tropas e tanques nas ruas, mas a
primeira operação supervisionada pelo comando da intervenção federal na
segurança pública do Rio aconteceu, ontem, em um presídio. Algumas horas depois
de o Senado ter aprovado o decreto assinado pelo presidente Michel Temer na
última sexta-feira, um comboio do Exército se dirigiu à Penitenciária Milton
Dias Moreira, em Japeri, onde detentos fizeram uma rebelião, no último domingo.
Durante uma varredura que começou no início da manhã e se estendeu até as 14h,
foram encontrados 48 celulares e barras de ferro dentro de celas. A cadeia não
tinha detectores de metais funcionando, e, para piorar, nunca contou com
bloqueador de sinal de telefonia. A corregedoria da Secretaria de Administração
Penitenciária abriu uma sindicância, em acordo com o que autoridades federais
estabeleceram como prioridade da atuação militar no estado: o combate à
corrupção.
A operação seguiu diretrizes da Garantia da Lei e da
Ordem (GLO) decretada em 28 de julho do ano passado, mas, na prática, foi uma
clara resposta à rebelião que, no domingo, durou oito horas. Na ocasião, um
grupo armado, depois de uma frustrada tentativa de fuga, fez 18 reféns, entre
agentes penitenciários e “faxinas” — como são chamados os detentos que têm
autorização para sair das celas. Três presos ficaram feridos numa troca de
tiros com policiais militares. Ontem, uma tropa de 250 militares foi enviada ao
presídio, sob a supervisão do general de divisão Mauro Sinott Lopes, segundo
homem na hierarquia da intervenção federal.
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