quinta-feira, 9 de novembro de 2017

➤DESTAQUES


TCU recomenda paralisação de 11 obras por indícios de irregularidades
O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou ao Congresso Nacional a paralisação de 11 obras por indícios de irregularidades. Entre elas estão a construção da Usina Nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, além de rodovias e outras obras de infraestrutura.
Os achados estão no relatório anual de consolidação das fiscalizações de obras realizado pelo TCU, o Fiscobras. Também estão na lista de recomendações para paralisação a construção da BR-235 (Bahia), da BR-040 (RJ), do corredor de ônibus da Radial Leste, em São Paulo, do BRT de Palmas e do Canal do Sertão, em Alagoas, que integra a obra da transposição do rio São Francisco.
No total, foram identificadas irregularidades graves em 72 obras federais, das 94 obras que foram fiscalizadas neste ano. Entre as irregularidades mais encontradas estão projeto inexistente, deficiente ou desatualizado, sobre preço ou superfaturamento, descumprimento de cronograma e aditivos irregulares.
A Construção da Refinaria de Abreu e Lima foi classificada como obra com indícios de irregularidade grave com recomendação de retenção parcial de valores. A classificação foi dada em um contrato de terraplenagem no ano de 2008 em razão de superfaturamento no montante R$ 69 milhões a preços da época.

MPF denuncia Mantega e mais 13 na Operação Zelotes
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) denunciou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) Otacílio Cartaxo e mais 12 pessoas por fatos investigados na Operação Zelotes.
Os denunciados vão responder por corrupção, advocacia administrativa tributária e lavagem de dinheiro.
Segundo o MPF, a denúncia se refere ao favorecimento do Grupo Comercial de Cimento Penha no Carf, colegiado responsável por julgar em última instância multas aplicadas pela Receita Federal. Deflagrada em 2015, a Operação Zelotes desarticulou uma organização que atuava manipulando o trâmite de processos e o resultado de julgamentos no Carf que levaram a prejuízo de R$ 19 bilhões para a União.
A Cimento Penha foi autuada pela Receita em R$ 57 milhões por não comprovar a origem de US$ 46,5 milhões enviados ao exterior e recorreu ao Carf em 2007. De acordo com a denúncia, houve manipulação na composição e no funcionamento do conselho para assegurar a vitória da empresa no impasse tributário em troca de pagamento de propinas.
Segundo o MPF/DF, Mantega e Cartaxo respaldaram as indicações de conselheiros que garantiram a extinção da multa contra a empresa em todas as instâncias do Carf. Segundo os procuradores, trocas de e-mails comprovam a articulação.

Governo desidrata texto da Previdência para tentar aprová-lo
O governo vai partir para o tudo ou nada na reforma da Previdência. Mesmo correndo o risco de derrota, Michel Temer decidiu, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que pior do que a rejeição seria desistir da reforma, principalmente depois da reação negativa do mercado financeiro. A reforma “possível” manterá a idade mínima para aposentadoria e a unificação das regras dos servidores públicos com os trabalhadores da iniciativa privada.
Atendendo a pressões de sua base política, Temer avalia fazer a reforma ministerial em troca de apoio no Congresso para levar à votação uma proposta bem mais enxuta do que a pretendida. 
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), já começou a redigir a versão da minirreforma. A estratégia é aprovar o novo texto em dois turnos na Câmara até o dia 15 de dezembro e terminar a votação no Senado em fevereiro de 2018. 
A estratégia do Planalto é dividir com o Congresso a responsabilidade pela aprovação e reforçar a comunicação, sobretudo com o discurso de “combate dos privilégios” do funcionalismo, que é sensível à população. Mesmo assim, líderes de partidos aliados argumentaram que a mudança ministerial não garante a aprovação da reforma.

Derrota eleitoral de Trump ameaça domínio republicano no Congresso
Eleitores de dois Estados americanos entregaram a candidatos democratas vitórias avassaladoras na terça-feira, no que foi interpretado por analistas como uma rejeição ao “trumpismo”, um ano depois da vitória de Donald Trump na disputa presidencial. Os resultados preocuparam o Partido Republicano. Muitos temem que seja um prenúncio para a eleição de meio de mandato no próximo ano, quando estarão em jogo a Câmara dos Deputados, parte do Senado e governos de 36 Estados.
Foram eleitos representantes marcados pela diversidade, entre os quais dois transgêneros, uma lésbica e o primeiro prefeito sikh do país. “A eleição foi em parte um repúdio a Donald Trump”, disse Ravi Perry, cientista político da Universidade da Commonwealth da Virgínia. “Muita gente se arrependeu de não ter votado no ano passado.”

Oncologistas pedem menos consumo de álcool para evitar câncer
O uso de álcool, seja leve, moderado ou pesado, está associado ao aumento do risco de vários tipos de câncer, incluindo os da mama, do cólon, do esôfago, e da cabeça e do pescoço. É assim que começa um informe de evidências sobre o uso de álcool e câncer de uma das sociedades de oncologia mais influentes no mundo, a American Society of Clinical Oncology (ASCO).
A orientação, divulgada essa semana, é importante porque coloca o álcool como um fator de risco definitivo para o câncer, de forma indireta ou indireta. Diretamente, a ASCO cita que cerca de 6% das mortes no mundo estão associadas diretamente ao consumo de álcool. Ainda, segundo a entidade, não só o consumo pode levar ao câncer, mas também ele afeta negativamente o tratamento.
"As pessoas geralmente não associam beber cerveja, vinho e licor com o aumento do risco de desenvolver câncer em suas vidas", disse Bruce Johnson, presidente da ASCO, em nota. "No entanto, a ligação entre o aumento do consumo de álcool e o câncer está muito bem estabelecida", diz

Nenhum comentário:

Postar um comentário